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Petrobras pode desistir de termelétrica de Cubatão

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras deve decidir, na próxima semana, se construirá ou não a termelétrica de Cubatão, projeto em sociedade com a japonesa Marubeni com investimento previsto de US$ 650 milhões e uma capacidade instalada esperada de 440 megawatts (MW), associada à produção de 400 toneladas de vapor. De acordo com o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Antônio Luiz de Menezes, a empresa está revisando os projetos de termelétricas e adequando os seus investimentos de acordo com o ritmo da demanda por energia elétrica, que se mantém em níveis baixos desde o fim do racionamento, em março. "Havíamos previsto uma participação da Petrobras em projetos de usinas termelétricas do PPT (Programa Prioritário de Termeletricidade), somando uma capacidade instalada de 4,5 mil megawatts (MW)", disse Menezes. "Mas, como o mercado deu uma dispersada, estamos viabilizando uma capacidade instalada de 2,7 mil MW", acrescentou o executivo, um dos palestrantes do 3º Encontro de Negócios de Energia, que está sendo realizado em São Paulo pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ele afirmou que os projetos que continuaram entre as prioridades da Petrobras foram aqueles em que a estatal havia assumido compromissos. Eric Weinsberg, diretor da Marubeni, sócia majoritária da Petrobras na termelétrica de Cubatão, disse que "está esperançoso de que se criem condições para o desenvolvimento de projetos de termelétricas no Brasil". As turbinas para a termelétrica de Cubatão, projeto que estava paralisado há alguns meses, já foram adquiridas e encontram-se no canteiro de obras em Cubatão. Além da termelétrica de Cubatão, a Petrobras está retardando a segunda e a terceira etapas da Termorio ? que seria construída em 3 módulos de 380 MW. Segundo Menezes, há dificuldade para se fecharem contratos de fornecimento da energia da usina. A empresa está discutindo também a segunda fase da Termocanoas, no Rio Grande do Sul. Em terras gaúchas, também está em estudo a conclusão da Termogaúcha, que depende de um contrato de compra de sua energia e da construção de um gasoduto ligando Uruguaiana a Porto Alegre.

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