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Petrobras pode retomar plano de oleoduto de Campos até SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras pode ressuscitar seus planos de construir um oleoduto para levar até as refinarias de São Paulo o petróleo produzido na Bacia de Campos, um projeto que envolve investimentos de quase R$ 5 bilhões. O plano foi suspenso há cerca de um ano, depois que a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, colocou obstáculos ao projeto por questões ambientais. Na prática, a governadora entendia que se petróleo fosse levado para São Paulo, o Rio ficaria sem a tão sonhada refinaria. Agora que a Petrobras já confirmou que terá sua planta de refino petroquímico no Rio, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado, Wagner Victer, confirmou que a estatal e o governo voltaram a discutir o assunto. O projeto é considerado estratégico pela Petrobras porque prevê o desafogamento do porto de São Sebastião, principal ponto de desembarque de óleo no Estado de São Paulo, que deverá ficar bastante comprometido com a elevação da produção. A idéia é dividir a quantidade a ser transportada entre o duto e navios para dar maior segurança logística ao processo. O diretor de dutos e terminais da Transpetro, Marcelino Gomes, afirmou em palestra na Rio Pipeline esta semana que o projeto foi "desengavetado" porque seria uma importante obra para viabilizar também a exportação de álcool da Petrobras. Segundo ele, a capacidade de exportação de álcool hoje está limitada a quatro bilhões de litros, que teriam de sair do País via porto do Rio, já que o de São Sebastião estará todo ocupado com o desembarque de óleo. Se o duto for construído, a capacidade dobra, porque a estatal pode exportar mais quatro bilhões de litros por São Sebastião. Segundo Victer, o governo está "aberto" a negociações. Na época, o secretário afirmou ser veementemente contra o projeto, porque ele cortaria sete rios importantes do Estado e um vazamento poderia comprometer o abastecimento de todo o Rio de Janeiro. Quando cancelou seus planos, a Petrobras fez adaptações no projeto de escoamento de óleo da Bacia de Campos que reduziram em R$ 3 bilhões o investimento previsto para a obra, mas informou que teria de fretar mais cinco navios para fazer o transporte.

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