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Petrobras: pré-sal elevará endividamento para até 30%

Por Hélio Barboza
Atualização:

Os custos para desenvolver os campos de petróleo da área do pré-sal - camada localizada em águas ultraprofundas, abaixo do leito marinho - vão aumentar o nível de endividamento da Petrobras, afirmou hoje o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, durante o 19º World Petroleum Congress (WPC). "Nossos principais recursos para financiamento provavelmente virão de dívida", disse o executivo, em uma entrevista à agência de notícias Dow Jones. "Provavelmente nossa taxa de endividamento aumentará dos atuais 17% para 25% a 30%, o que não é um grande problema", afirmou A estatal planeja apresentar um novo plano de investimentos em agosto ou setembro, que inclui 2,5 mil projetos, alguns "muito grandes", na área do pré-sal, disse Gabrielli. Ele acrescentou que os custos de exploração "certamente vão aumentar" em relação ao atual plano de investimentos para o período 2008-2012, que prevê gastos de US$ 112 bilhões. O executivo não informou, porém, de quanto será o aumento. Segundo Gabrielli, o novo plano de investimentos pode cobrir um horizonte de tempo maior do que os cinco anos contemplados nos planos da empresa até agora, a fim de incluir projetos na área do pré-sal que se encontram em "estágios mais preliminares" de desenvolvimento. O pré-sal é uma camada de reservatórios que se encontram no subsolo do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros, em lâmina d?água que varia entre 1,5 mil e 3 mil metros de profundidade e soterramento (área do subsolo marinho que terá de ser perfurada) entre 3 mil e 4 mil metros. A Petrobras é líder em pesquisa e produção de petróleo em águas ultraprofundas. As informações são da Dow Jones.

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