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Petrobrás quer abrir capital da BR Distribuidora

Presidente da estatal disse que processo está na fase de estudos; reunião do conselho para deliberar sobre o tema será em julho

Por Karin Sato
Atualização:

O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, informou nesta quinta-feira, 22, que a empresa propôs ao conselho de administração a abertura de capital da Petrobrás Distribuidora. “Estamos aprofundando a opção de abertura de capital da Petrobrás Distribuidora”, disse. Segundo ele, a reunião do conselho para deliberar sobre o tema será no início de julho.

“À luz do momento de mercado, concluímos que há condições favoráveis, com múltiplos atraentes. Observamos histórico recente de IPOs (sigla em inglês para oferta inicial de ações) e decidimos realizar estudos”, afirmou, durante o encerramento do 19.º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, promovido pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

Petrobras aprovou plano de reestruturação da subsidiária em setembro Foto: FABIO MOTTA|ESTADÃO

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Parente disse que o processo ainda está na fase de estudos, por isso não há discussão neste momento sobre abrir ou não mão do controle da BR Distribuidora. A informação sobre uma possível oferta inicial de ações da BR foi adiantada em maio pelo Estadão/Broadcast.

O presidente da Petrobrás explicou ainda que avalia uma solução sobre o saldo devedor da Eletrobrás com a BR antes do possível IPO. A estatal do setor elétrico mantém uma dívida bilionária pela compra de combustíveis para térmicas da Região Norte do País.

Governança. Ainda nesta quinta, no evento, em São Paulo, Parente falou que considera de absoluta relevância a necessidade de se ter uma estrutura de governança corporativa. “Hoje em dia, qualquer empresa, especialmente de capital aberto, com acionistas minoritários, deve dar atenção permanente e respeitar os minoritários.”

O executivo aproveitou a ocasião para lembrar que, hoje, nenhum diretor pode mais tomar decisões isoladas. Lembrou também que a Petrobrás foi a primeira empresa a buscar adesão ao programa de destaque em governança de estatais da B3 (bolsa de valores). “Estamos orgulhosos por termos sido a primeira. A B3 está avaliando a emissão do certificado”, disse.

A respeito do tema governança, Parente disse que “não há a menor condição de dizer” se em algum dia a Petrobrás chegará a ter apenas uma classe de ações. “O que buscamos neste momento são as condições para nos adequar ao nível 2 de governança”, relatou.

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Questionado por um participante do evento sobre eventual privatização da empresa, o executivo disse que não é uma possibilidade que atende aos interesses da companhia neste momento. Segundo ele, trata-se de um tema passional, com pessoas favoráveis de um lado e outras que defendem outro ponto de vista.

Além disso, ele relatou que não é o fato de a empresa ser estatal que significa que vai dar tudo errado nem de ser privada que vai dar certo. “Temos exemplos de empresas privadas que deram errado”, disse.

Sobre política de preços, Parente disse que está sendo “considerada seriamente” a possibilidade de aumentar a frequência de mudanças, acrescentando que a política é essencial para parcerias na área de refino.

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