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Petrobras quer aumentar vendas para a Ásia

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras espera aumentar suas vendas de petróleo Marlim (com baixo teor de enxofre e de fácil processamento) à Ásia, nos próximos dois a três anos, antes de exportar outros tipos de petróleo para a região, segundo declaração do representante da Petrobras em Cingapura à agência Dow Jones. A companhia deverá aumentar a produção de petróleo Marlim, de 350.000 barris/dia para 500.000 barris/dia, até o final do ano. Cerca de 40% de suas exportações deste tipo de petróleo para mercados asiáticos, disse o representante da empresa. Mas o aumento previsto na produção de petróleo Marlim exige que a Petrobras adquira novos mercados no exterior, dizem as fontes da indústria. "Estamos sempre em busca de novos clientes e agora tetamos efetuar quantas vendas forem possíveis este ano na Ásia, sejam para as refinarias na China, Coréia do Sul ou Cingapura", disse o representante da Petrobras. Ele informou que a empresa já possui compradores na Coréia do Sul, a maioria, refinarias, e cerca de cinco a seis compradores no Oriente Médio. Além disso, a Petrobras está tentando vender o Marlim a um maior número possível de compradores chineses. Em relação às refinarias em Cingapura, o representante da Petrobras disse que a companhia está "em negociação" com algumas, no momento, mas nada ainda foi finalizado. A Petrobras abriu escritório em Cingapura no dia 7 de janeiro para facilitar suas exportações de óleo combustível e petróleo cru para a Ásia. Mas assim que a demanda por petróleo da América do Sul crescer na Ásia, a concorrência entre os fornecedores de produto similar deve se intensificar, dizem os especialistas da área. Segundo o representante da Petrobras, o petróleo da África Ocidental pode ser uma ameaça à empresa, já que também está ganhando popularidade na Ásia, por conta de seu baixo teor de enxofre e sua gama de resultados, desde gasolina até produtos destilados, tais como o óleo diesel. Contudo, o representante da Petrobras disse que a empresa não se sente ameaçada com a concorrência e que continuará comercializando o Marlim, atendendo "clientes asiáticos com uma diversificação do petróleo".

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