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Petrobras quer construir terminal de GNL no Uruguai

A fábrica deverá ser semelhante ao terminal que será instalado no Ceará

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras planeja instalar um terminal de regaseificação de gás natural no Uruguai, informou o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, nesta terça-feira, 13. A planta seria do porte do terminal que deverá ser instalado no Ceará, com capacidade para produção de 6 milhões de metros cúbicos diários de gás natural a partir do GNL (Gás Natural Liquefeito) importado. "A planta para receber GNL deve ser de acordo com o mercado do Uruguai...deve ser semelhante à do Ceará", afirmou Gabrielli a jornalistas nesta terça. As unidades em projeto no Brasil serão instaladas em navios, mas a estatal não detalhou como será no Uruguai. Também não foram fornecidos dados sobre a possível origem do GNL importado. A Petrobras decidiu importar GNL depois que o presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou as reservas de petróleo e gás daquele país, em 1º de maio de 2006. A medida do país vizinho fez a estatal brasileira suspender os planos de dobrar a compra do gás natural boliviano, atualmente em cerca de 26 milhões de metros cúbicos diários. O programa de importação de GNL consistia, inicialmente, em duas plantas no Brasil, sendo uma no Ceará, de 6 milhões de metros cúbicos, e outra no Rio de Janeiro, de 14 milhões de metros cúbicos. Ele informou que a empresa pretende aumentar a presença no refino e na distribuição de derivados de petróleo no Uruguai e hoje já detém quase 100% da distribuição de gás no país vizinho. Gabrielli lembrou também que já iniciou conversas com o governo uruguaio sobre produção de etanol e de biodiesel. A estatal já mantém negociações sobre álcool com a Colômbia e a Nigéria e estuda possíveis projetos de biodiesel na Bolívia e no Paraguai. "Após o interesse demonstrado pelos Estados Unidos (EUA) em relação ao etanol e ao biodiesel, as chances de instalarmos estes projetos em outros países cresceram", disse Gabrielli, referindo-se à visita do presidente dos EUA, George W. Bush, ao Brasil na semana passada.

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