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Petrobras quer manter contratos com a Bolívia

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que os contratos valem até 2019

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras anunciou hoje que quer manter o contrato de fornecimento de gás da Bolívia, mesmo após a nacionalização das reservas de gás boliviano. De acordo com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, esses contratos são internacionais, fechados entre a estatal brasileira e a boliviana YPFB. "Nós queremos que esse contrato continue existindo até 2019 (...). O contrato estabelece o volume, a forma de medição do volume, como os preços serão reajustados, e a quem será entregue, ou seja, o contrato está em vigor", disse. Gabrielli ressaltou que os contratos estão sendo reanalisados por grupos técnicos na Bolívia, mas "fora da imprensa". Segundo ele a imprensa trabalha com objetivos de "curtíssimo prazo", enquanto a Petrobras trabalha com de longo prazo. Menos dólares O aumento do número de fornecedores brasileiros deve levar a estatal a reduzir a participação de dólares em seu caixa. A empresa já admite esta possibilidade. Atualmente, 85% dos recursos do caixa da Petrobras estão em dólar. Desafios Gabrielli participa hoje do seminários "As novas multinacionais brasileiras", promovido pela Fundação Getúlio Vargas. Em sua palestra no evento, o executivo fez uma retrospectiva sobre a internacionalização da Petrobras, e destacou que um dos grandes desafios hoje é o investimento nos Estados Unidos. Segundo ele, é uma região onde será necessária uma tecnologia avançada na extração de petróleo. "São áreas de águas ultra-profundas, com grande perspectiva de crescimento", disse. "A expertise na exploração de águas (da Petrobras) será fundamental", concluiu. Gabrielli revelou que a Petrobras pretende operar pela primeira vez no Golfo do México com uma plataforma desenhada pela própria estatal e também com FPSO (modelo de navio-plataforma). Com isso, a Petrobras espera aumentar a produção em mais cinqüenta mil barris por dia de petróleo.

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