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Petrobras quer participar de petroquímicas competitivas

Por ALINE CURY ZAMPIERI
Atualização:

O presidente da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto, disse hoje que a Petrobras quer ter fatias acionárias em petroquímicas brasileiras competitivas. A declaração respondia a perguntas de jornalistas sobre a provável competição entre a Braskem e a recém-criada Companhia Petroquímica do Sudeste (empresa criada da união da Petrobras com a Unipar), empresas nas quais a estatal de petróleo tem participação. "Nós queremos preservar a capacidade de competição da Braskem", afirmou. "Tivemos o cuidado de não interferir no processo de competitividade da empresa." O presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, contou que a Petrobras terá até três cadeiras no conselho de administração da companhia. Esse número será atingido caso a Petrobras passe a deter mais de 18% do capital votante da empresa. Se o porcentual for entre 12% e 18%, o número cai a dois conselheiros. Caso o intervalo fique entre 5% e 12% será um conselheiro e, em situação de fatia menor que 1%, não haverá assento no conselho. A situação de fatia superior a 18% também levanta um acordo de consenso entre Braskem e Petrobras, que permitirá decisões conjuntas em casos como criação de nova classe de ações, emissão de debêntures conversíveis em ações, mudança do objeto social da empresa, número de conselheiros, fechamento de capital ou ainda um processo de aquisição que implique em diluição injustificada de acionistas. Segundo ele, a Petrobras não tem direito de veto em decisões da Braskem. Andrade Neto, da Petroquisa, disse ainda que a estatal tem condições de agregar no processo de integração da petroquímica nacional, visto que tem capacidade tecnológica e experiência. A exemplo de Grubisich, ele também não acredita em negativas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação ao negócio anunciado hoje. "Estamos mostrando ao Cade um modelo de petroquímica que vai ser forte e mais competitiva em nível mundial".

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