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Petrobras quer ser 5ª maior no setor de energia até 2020

Por Alaor Barbosa
Atualização:

A recente volatilidade do mercado financeiro internacional mostrou que a economia brasileira e a Petrobras passaram a ser vistos de forma diferente pelos investidores mundiais. A avaliação é do diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (Ibef), quando discorreu sobre o plano de negócios da estatal no período 2008-2012. "A Petrobras passou a ser vista como uma empresa global. As mudanças no risco Brasil afetam pouco a empresa atualmente", ressaltou. Na sua apresentação, o executivo afirmou que a empresa está trabalhando para se tornar a quinta maior empresa mundial no setor de energia até 2020. Para isso, a empresa está prevendo investimentos maciços em vários segmentos, especialmente em exploração e produção de petróleo. A expectativa é que a produção suba dos atuais 2,3 milhões de barris por dia, incluindo a produção nacional e internacional, para R$ 3,5 milhões de barris em 2012 e acima de 4 milhões de barris em 2015. "Poucas empresas no mundo produzem mais de 4 milhões de barris diários", acentuou. Além disso, a empresa está prevendo investimentos fortes em refino, especialmente na melhoria da qualidade da gasolina. Barbassa explicou que o grande consumo de álcool no Brasil reduz o consumo da gasolina, liberando o produto para a exportação. Para atingir preços melhores, porém, a gasolina tem de ter os mesmos parâmetros do mercado internacional, observou. Mercado de gás A Petrobras avalia também que o mercado de gás e energia oferece boas possibilidades de negócios nos próximos anos. "O gás terá uma participação cada vez maior na matriz energética brasileira e a Petrobras quer ocupar um espaço no segmento", complementou. A previsão da empresa, é que o consumo interno de gás passará dos atuais 46,3 milhões de metros cúbicos diários para 134 milhões em 2012. "Isso equivale a uma produção equivalente a 900 mil barris por dia de petróleo", ilustrou. Parte do aumento virá do gás natural liquefeito (GNL), mas o maior volume resultará do aumento na produção. Biocombustíveis Os outros dois segmentos que merecerão pesados investimentos nos próximos anos, segundo Barbassa, estão na área de petroquímica e biocombustíveis. No caso da petroquímica, segundo ele, a empresa "está voltando" a um setor do qual foi afastada. A produção de biocombustíveis, por sua vez, ainda é pequena, mas a Petrobras acredita que o potencial de desenvolvimento é muito grande para os próximos anos. Nesse segmento, porém, a prioridade da empresa é investir em infra-estrutura, especialmente na construção de dutos e navios para o transporte do combustível.

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