PUBLICIDADE

Publicidade

Petrobras quer ser exportadora líquida em 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, João Nogueira Batista, afirmou que a empresa deve se tornar exportadora líquida em 2004. "O País, no entanto, deve atingir essa classificação somente em 2005." Em reunião com analistas na sede da Abamec de São Paulo, o executivo afirmou que a companhia prevê investir US$ 4,3 bilhões entre 2001 e 2005 na capacitação do seu parque de refino. O objetivo é poder processar o óleo pesado do Campo de Marlim, no Rio de Janeiro. Para justificar a perspectiva sobre as exportações, Batista lembrou na reunião que as importações de petróleo e derivados vêm caindo. As compras internacionais passaram de 866 milhões de barris por dia em 1998 para 431 milhões de barris diários no primeiro trimestre deste ano. As exportações, por outro lado, passaram de 112 milhões de barris por dia para 301 milhões de barris diários no mesmo intervalo. Investimentos A Petrobras deverá investir um montante de US$ 4,3 bilhões no upgrade de suas refinarias, no período iniciado em 2001 a 2005, informou hoje o diretor financeiro e de Relações com o Mercado da estatal, João Nogueira Batista. Ele ressaltou que não faz parte dos planos da estatal investir em novas refinarias, mas viabilizar o upgrade da capacidade de refino existente para o processamento de óleo pesado, já que as descobertas de reservas de petróleo com esta característica continuam a acontecer. Segundo Batista, o Brasil necessita ampliar a sua capacidade de refino de petróleo. Mas na opinião do diretor da companhia, para isso, o governo precisa atrair as grandes empresas internacionais do setor. Ele acrescentou que o governo brasileiro não dispõe de uma política industrial para atrair as empresas de petróleo para a implantação de unidades de refino no País. Batista participou hoje de apresentação da empresa na seção paulista da Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec). YPF Batista disse também que, se a petrolífera espanhola Repsol colocar os ativos da YPF à venda na Argentina, a estatal brasileira vai avaliar sua aquisição. Já o negócio para compra da petrolífera Santa Fé, subsidária do grupo norte-americano Devon Energy Corporation na Argentina, deverá ser fechado em junho ou julho. Ele não disse o valor da operação. O interesse na Argentina tem a ver com o projeto da Petrobras de aumentar a exploração e produção de gás e petróleo na América Latina, no Oeste da África e no Golfo do México, integrando cada vez mais as operações. Segundo Nogueira Batista, não faria sentido a estatal investir nos Estados Unidos, por exemplo, competindo com gigantes que possuem prospecção, exploração, produção e refino integrados. João Nogueira Batista falou nesta segunda-feira a analistas financeiros na Abamec-SP.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.