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Petrobras: receita caiu 9% com a queda do petróleo

Por Tatiana Freitas e KELLY LIMA E MONICA CIARELLI
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O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou esta noite, em entrevista coletiva para a divulgação do balanço da companhia, que a redução 9% da receita operacional líquida no primeiro trimestre de 2009 se deve à queda do preço do petróleo no mercado internacional.Segundo ele, a queda no preço do produto importado contribuiu para uma retração de 13% no custo do produto vendido pela estatal no período. O executivo destacou ainda que o ritmo mais acelerado nas atividades de exploração da companhia pressionou as despesas operacionais neste início de 2009.O diretor lembrou ainda que os custos foram pressionados pelo maior volume de sísmicas que estão sendo feitas. Quando isso ocorre, há uma maior quantidade de poços secos, o que, na prática, eleva o custo da companhia por poço, de acordo com Barbassa.ProduçãoA produção total da Petrobras apresentou um crescimento de 6% no primeiro trimestre de 2009, atingindo 2,482 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no intervalo, ante 2,345 milhões de barris produzidos no mesmo intervalo de 2008, de acordo com informações do balanço financeiro divulgado hoje pela companhia. O avanço é atribuído pela estatal à entrada em operação das plataformas P-53 e P-51 e do campo de Agbami na Nigéria, além do aumento da produção das plataformas P-52 e P-54, superando o declínio natural dos campos maduros.Em relação ao quarto trimestre de 2008, houve um avanço de 2% na produção total, refletindo as plataformas recém-instaladas nos campos de Marlim Sul (P-51) e Marlim Leste (P-53).A produção nacional ficou em 2,261 milhões de boed, com um crescimento de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2008, enquanto a produção internacional caiu 1% na mesma base de comparação, para 209 mil barris ao dia.ResultadosA Petrobras registrou lucro líquido consolidado de R$ 5,816 bilhões no primeiro trimestre do ano, mostrando queda de 20% sobre o mesmo período do ano passado. A geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações), apresentou redução de 5% e totalizou R$ 13,423 bilhões. A margem Ebitda subiu dois pontos porcentuais, para 32%. A receita líquida somou R$ 42,595 bilhões e foi 9% menor do que a verificada no mesmo intervalo do ano anterior.

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