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Petrobrás reduz perda e reforça a base para lucro

Mais uma vez, a estatal não vai distribuir dividendos aos seus acionistas, mas há perspectiva de que em breve volte a fazê-lo

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Por Redação
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Apesar de a Petrobrás ter apresentado prejuízo de R$ 14,8 bilhões em 2016, o mercado acionário recebeu bem os resultados anuais da empresa. A reação positiva dos investidores é compreensível, uma vez que a estatal não só reduziu substancialmente suas perdas, que foram de R$ 21,6 bilhões em 2014 e de R$ 34,8 bilhões em 2015, como apresentou lucro de R$ 2,5 bilhões no quarto trimestre de 2016.

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Mais uma vez, a Petrobrás não vai distribuir dividendos aos seus acionistas, mas há perspectiva de que em breve volte a fazê-lo. É amplo o reconhecimento de que, depois do verdadeiro assalto que sofreu com a corrupção nos governos chefiados pelo PT, a empresa tem tomado medidas rigorosas para adequar-se às melhores práticas de gestão, reduzindo despesas financeiras e administrativas, inclusive de pessoal, que caíram 12%.

É significativo que, mesmo tendo cortado seus investimentos em 27%, ajustando-os à realidade, a produção de petróleo pela empresa tenha atingido o recorde histórico de 2,144 milhões de barris/dia ao final de 2016. Já as exportações de óleo em bruto aumentaram 12%.

O maior problema da Petrobrás continua sendo o seu endividamento. Graças a um câmbio favorável, sua dívida em reais caiu 20%, ficando em R$ 314,12 bilhões em 2016. Em dólares, porém, a queda foi muito menor, passando de US$ 100,4 bilhões em 2015 para US$ 96,38 bilhões no ano passado, um recuo de apenas 4%. A isso se alia o fato de que a receita (queda de 12%) vem sofrendo os efeitos da baixa cotação do petróleo no mercado internacional. Isso ressalta a importância da venda de ativos, tendo as operações já concluídas rendido R$ 13,6 bilhões. Essas receitas devem crescer com a liberação de novas transações pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que estabeleceu regras mais precisas para a venda de ativos.

Detentores de ações preferenciais reivindicam direito de voto nas assembleias da estatal, o que, segundo a Lei das Sociedades Anônimas, deve ocorrer quando empresas abertas apresentam prejuízo por três anos consecutivos. A Petrobrás se escuda na Lei do Petróleo para opor-se, alegando que isso poderia afetar o controle da empresa pela União.