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Petrobras registra recorde nas exportações em 2008

Por Nicola Pamplona
Atualização:

A Petrobras anunciou hoje ter batido recorde de exportações em 2008, com a média de 673 mil barris por dia de petróleo e derivados, crescimento de 9,4% com relação ao ano anterior. Segundo a empresa, sua balança comercial de petróleo e combustíveis fechou o ano com um saldo positivo de 103 mil barris por dia, o que reforça sua tese de manutenção da autossuficiência na produção nacional de petróleo. A questão, porém, é polêmica, já que dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam déficit em 2008. A Petrobras informou que suas importações de petróleo e derivados atingiram a média de 570 mil barris por dia durante o ano passado, alta de 5,94% com relação ao verificado em 2007. Houve grande crescimento nas importações de derivados, de 33%, que chegaram à média de 197 mil barris por dia, por conta do aquecimento da economia brasileira até o estouro da crise e do maior consumo de diesel para geração de energia. Já as importações de petróleo caíram de 390 mil para 373 mil barris por dia, em média. Do lado das exportações, houve aumento considerável dos embarques de petróleo, que passaram de 353 mil para 439 mil barris por dia em 2008, alta de 25%. As vendas de derivados, por outro lado, caíram 10%, para 234 mil barris por dia. A empresa lembrou, porém, que seus números são apenas parte dos dados consolidados do País, que são compilados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Secex. O dado mais recente da ANP indica um déficit de 65 mil barris por dia até novembro. Em nota divulgada na noite desta terça-feira, a Petrobras reforçou que há ainda diferenças contábeis entre os dois dados. Segundo a empresa, "somente são considerados nas estatísticas do governo federal após serem concluídos os respectivos processos e certificados pela Receita Federal". "É de até 60 dias o prazo para a conclusão do processo de exportação e cerca de 20 dias para os correspondentes de importação", completa o texto. A Petrobras admite, porém, que o aumento das exportações não foi suficiente para garantir superávit comercial do ponto de vista financeiro. Como os produtos importados pelo Brasil são mais caros do que os exportados, a empresa fechou o ano com um déficit de US$ 928 milhões em sua balança comercial de petróleo e derivados. As exportações renderam US$ 21,245 bilhões, enquanto as importações custaram US$ 22,173 bilhões de barris.

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