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Petrobras: responsabilidade é maior com o pré-sal

Por EDUARDO RODRIGUES E KARLA MENDES
Atualização:

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje que o papel e a responsabilidade da estatal se tornam ainda maiores após a sanção do novo marco regulatório da exploração do pré-sal, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia na tarde de hoje, em Brasília. "Iniciamos uma nova etapa na exploração do petróleo no Brasil. Temos a responsabilidade de sermos os operadores únicos dessas áreas, mas não estaremos sozinhos, pois temos parceiros", afirmou Gabrielli.Segundo ele, a Petrobras buscará utilizar melhores técnicas e os melhores processos na exploração do pré-sal brasileiro, de maneira a otimizar os recursos direcionados para a atividade. Gabrielli também destacou a destinação de parte da renda gerada nessas áreas para alimentar o Fundo Social.Para o presidente da companhia, a Petrobras é a empresa que possui as melhores condições para viabilizar a exploração das reservas brasileiras de maneira mais rápida e intensa. "Temos a maior experiência na exploração do pré-sal e de águas profundas no mundo. Acreditamos que temos todas as condições de atender essa questão", completou.Além disso, Gabrielli afirmou que a estatal buscará expandir a cadeia de fornecedores nacionais para a indústria do petróleo, para não correr o risco de repetir experiências de outros países que não incentivaram o conteúdo nacional na cadeia do setor. "Temos os compromisso de sermos o melhor operador, com a melhor técnica, garantido a maior participação da indústria nacional", concluiu.Minas e EnergiaEm discurso na abertura da cerimônia de sanção do novo marco regulatório do pré-sal, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que completa o ciclo dos projetos que estabelecem o novo marco regulatório de exploração do petróleo no Brasil, com a sanção da lei pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde de hoje.O ministro ressaltou que a implementação do novo sistema de partilha permitirá o acesso da população às riquezas do pré-sal, por meio do Fundo Social. "O Fundo Social será poupança para população futura e evitará a maldição do petróleo", afirmou. Zimmermann fez questão de dizer, porém, que os contratos vigentes "serão respeitados".A instituição da Petrobras como operadora única dos blocos do pré-sal garantirá, na visão do ministro, a liderança do Brasil na exploração em águas profundas. O ministro também afirmou que o sistema de partilha poderá ser expandido para outras áreas fora do pré-sal que apresentem grande potencial de exploração.Zimmermann afirmou também que a União não assume qualquer risco com o novo modelo de partilha e que o governo enviará ao Congresso Nacional projeto de lei que para restabelecer acordo que fixa alíquota de 15% da produção do sistema de partilha. "Estados e municípios produtores recebem parcela diferenciada dos outros entes federativos".

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