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Petrobras retira incentivo do gás boliviano; preço sobe 13%

A empresa disse que o preço de aquisição do gás boliviano está vinculado a uma cesta de derivados de petróleo, que tem sofrido aumentos significativos nos últimos meses, refletindo no incremento do seu preço.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras disse ter informado hoje aos seus clientes a substituição do preço-teto do gás boliviano por um sistema temporário de descontos, o que implica em um reajuste médio sobre o preço-final (commodity mais transporte) de 13% a partir de 1º de setembro de 2005. Haverá ainda uma alta adicional de 10%, a partir de 1º de novembro próximo. "As condições contratuais para o gás boliviano - sem desconto - voltarão a ser aplicadas, integralmente, a partir de 1º de janeiro de 2006", diz o aviso. Segundo a estatal, a decisão foi tomada após a absorção, desde janeiro de 2003 (32 meses), de reajustes de preços ocorridos no contrato de compra do gás da empresa boliviana YPFB, utilizando mecanismos comerciais para incentivar o mercado atendido pelo gás da Bolívia. A empresa disse que o preço de aquisição do gás boliviano está vinculado a uma cesta de derivados de petróleo, que tem sofrido aumentos significativos nos últimos meses, refletindo no incremento do seu preço. "Para o consumidor final, o impacto imediato destes ajustes dependerá de cada integrante da cadeia de distribuição (distribuidoras e postos), de aspectos regulatórios específicos das diferentes áreas de concessão, e da participação do custo do gás no preço de cada segmento." Gás de produção nacional também será reajustado A companhia informou também aos seus clientes que os preços do gás natural de produção nacional, igualmente fixados por um período de dois anos e oito meses (desde janeiro de 2003), serão atualizados em 6,5%, a partir de 1º de setembro de 2005, e adicionalmente, em 5%, a partir de 1º de novembro de 2005. De acordo com a empresa, a atualização dos preços foi necessária diante da "significativa evolução dos custos de exploração, produção, aquisição e transporte de gás natural, neste período de 32 meses, de forma a assegurar a sustentabilidade dos esforços da Petrobras para o desenvolvimento do mercado desse combustível, que é de fundamental importância para o desenvolvimento industrial e para o meio ambiente". A Petrobras afirmou também, no comunicado, que "esses ajustes mantêm o produto competitivo em relação aos demais combustíveis, independentemente de suas significativas vantagens ambientais e operacionais como combustível nobre".

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