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Petrobrás vai priorizar programa de desinvestimento, diz diretor financeiro

Com restrição de caixa e alto endividamento, estatal vai detalhar estratégias para reduzir alavancagem da empresa no plano de investimento, que deve ser divulgado em 30 dias

Por , Antonio Pita e
Atualização:

RIO - Diante da restrição de caixa e do alto endividamento, a Petrobrás determinou como “prioridade” a redução de sua alavancagem, conforme anunciou o diretor financeiro, Ivan Monteiro. Segundo ele, as estratégias para alcançar a redução serão detalhadas no plano de investimento da companhia, que deve ser divulgado em 30 dias e poderá detalhar também os desinvestimentos.

“Prioridade da companhia é a sua redução de alavancagem. Isso estará presente no plano. Além da redução expressiva de capex, isso será alcançado também com um programa de desinvestimento com prioridade de ativos que busquem desonerar a companhia do capex”, afirmou Monteiro. “O programa de desinvestimento está difícil (de entender) porque divulgamos por segmento de negócios, e não por ativos”, disse, durante teleconferência com analistas financeiros para comentar os resultados da companhia divulgados ontem.

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O executivo também afirmou, em resposta a analistas, que não enxerga nada relevante que possa alterar as premissas apresentadas pela companhia para os anos de 2015 e 2016 em termos de investimento ou desinvestimento. “Desinvestimento é algo de longo prazo e não vislumbro nada que altere essa premissa no curto prazo”, disse Monteiro. A Petrobrás trabalha com um programa de desinvestimento de US$ 13,7 bilhões neste ano e no próximo. 

Monteiro descartou qualquer plano de capitalização ou conversão de dívida em equity no curto prazo para a companhia. O endividamento total da Petrobrás aumentou 31% em 2014 e atingiu R$ 351 bilhões, um recorde no setor de petróleo mundial. 

Sobre os dividentos, Monteiro afirmou que a empresa decidiu não distribui-los aos acionistas para preservar o caixa. Desde 1986, a Petrobrás só não distribuiu dividendos em 1992, após o prejuízo de 1991, e agora no ano de 2015 devido ao prejuízo de 2014.

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