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Petroleiras devem investir US$ 8 bi no Brasil até 2010

Estimativa é feita pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo, com base em projetos de 5 estrangeiras que chegaram ao País com o fim do monopólio estatal

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil receberá, até 2010, cerca de US$ 8 bilhões em investimentos privados na produção de petróleo. A estimativa é feita pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), com base em cinco grandes projetos de companhias estrangeiras que chegaram ao País com o fim do monopólio estatal. O primeiro deles, da norte-americana Devon, deve entrar em operação ainda no primeiro semestre deste ano. Também têm projetos no setor as norte-americanas El Paso e Chevron, a anglo-holandesa Shell e a norueguesa Hydro, em parceria com a americana Anadarko. A El Paso planeja iniciar, no final de 2008, a produção de petróleo no campo de Pinaúna, na Bahia. "Estamos terminando a perfuração de dois poços para definir o tamanho do projeto", explicou o gerente de materiais e contratos da companhia, Fernando Quintas. Em 2009, é a vez da Chevron, que desenvolve o campo de Frade, na Bacia de Campos, em parceria com a Petrobras. O projeto terá capacidade para produzir 90 mil barris de petróleo por dia. Os investimentos rondam os US$ 2,4 bilhões, em números divulgados no ano passado. A diretora de desenvolvimento de negócios da companhia no Brasil, Patrícia Pradal, não quis falar em cifras. A companhia também é sócia da estatal no campo Papa-Terra, em Campos. Projetos No início da próxima década, Shell e Hydro iniciam a operação de novos campos. A primeira, que já produz petróleo no campo de Bijupirá-Salema, na bacia de Campos, vai investir em um conjunto de jazidas mais ao norte da bacia: Ostra, Abalone, Argonauta e Nautilus. Detalhes do projeto, como custo e volume de produção, ainda não foram divulgados. A empresa comunicou, no ano passado, a descoberta de duas novas jazidas na Bacia de Santos, batizadas de Atlanta e Oliva, ainda sem prazo para operações. A Hydro, por sua vez, vai colocar US$ 2 bilhões no campo de Peregrino, também na Bacia de Campos, com início das atividades no segundo trimestre de 2010. A empresa vai afretar da norueguesa Maersk uma plataforma com capacidade para produzir 100 mil barris por dia. Segundo o engenheiro-chefe da Hydro Brasil, André Leite, a companhia inicia nos próximos meses a perfuração de um novo poço exploratório para confirmar a existência de 300 milhões de barris adicionais na região. Atualmente, o campo tem 300 milhões de barris comprovados. A série de projetos levou a Onip a lançar um cadastro de fornecedores brasileiros de bens e serviços, com o objetivo de captar o maior volume possível dos investimentos previstos pelas empresas estrangeiras. "As operações de companhias independentes é importante para mudar a filosofia da indústria nacional, habituada a um único sistema de contratações", avalia Leite, referindo-se à posição dominante da Petrobras.

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