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Petroleiros ameaçam iniciar greve de 72 horas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os petroleiros ameaçam iniciar uma greve de 72 horas "a qualquer momento", caso a estatal não apresente hoje uma proposta que agrade à categoria. A greve, que provocará a suspensão da produção de petróleo, já foi aprovada por assembléias regionais e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reúne hoje com a estatal em uma última tentativa de solução negociada. Os petroleiros reivindicam reajuste de 15,5% mais aumento por produtividade de 6,8%. Segundo a FUP, a Petrobrás ofereceu apenas 10,7%. A empresa não se manifesta sobre o assunto enquanto as negociações estiverem em curso. Os empregados querem ainda isonomia de tratamento para os novos funcionários - que perderam benefícios ao longo dos anos - e para os aposentados. Além disso, pedem a reintegração dos trabalhadores demitidos durante as greves de 1994 e 1995 e o fim da remuneração variável, que premia determinados empregados por produtividade. Neste ponto, o presidente da companhia, José Eduardo Dutra, já disse que não vai ceder. Para ele, a remuneração variável impede que a estatal perca bons quadros para empresas privadas. Última greve foi em 2001 A última vez que os petroleiros realizaram um greve com parada de produção foi em 2001. A paralisação durou cinco dias, mas não houve desabastecimento de combustíveis no Brasil. Foram registrados apenas alguns incidentes nas portas das refinarias, onde caminhões-tanque retiravam os produtos. Este ano, a categoria já provocou uma paralisação de 24 horas, para pressionar a Petrobrás a negociar o reajuste salarial. Não houve, porém, parada na produção.

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