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Petróleo atinge US$ 114 e bate novo recorde nesta quarta

Alta deve-se a dólar fraco e restrições na oferta; espera-se mais volatilidade com divulgação de dados dos EUA

Por Reuters
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo atingiram recordes de alta, com o Brent para junho chegando a US$ 112,35 o barril na ICE eletrônica e o petróleo do tipo leve para maio marcando US$ 114,53 na Nymex eletrônica em meio ao aumento das preocupações com o aperto na oferta do produto. Às 8h30 (de Brasília), o Brent subia 0,39% para US$ 112,01. Na Nymex, o contrato para maio subia 0,47% para US$ 114,33.   Veja também:   Petróleo renova recorde com dólar fraco e problemas na oferta Petróleo bate recordes em Londres e Nova York País pode ter o terceiro maior campo de petróleo do mundo ANP diz que informação sobre Pão de Açúcar já era conhecida Para especialista, ANP se antecipou ao falar sobre reserva Petrobras dispara e 'segura' queda do Ibovespa Reservas colocam País entre 5 maiores produtores de petróleo O sobe e desce do dólar  Veja os efeitos da desvalorização do dólar   Espera-se mais volatilidade até a divulgação, às 11h30 (de Brasília), dos dados semanais do Departamento de Energia dos EUA. Os estoques de petróleo devem subir 1,7 milhão de barris, enquanto que os de gasolina devem cair 1,7 milhão de barris, apontam as estimativas de 16 analistas ouvidos pela Dow Jones. Os estoques de destilados, que incluem óleo de calefação e diesel, devem cair 1,5 milhão de barris e o uso das refinarias deve subir 0,7 ponto para 83,7% da capacidade, segundo as previsões.   Na terça-feira, 15, o petróleo fechou em nível recorde pelo segundo dia seguido, avançando US$ 2,03 (+1,82%), para US$ 113,79 na Nymex. O contrato do Brent para maio, que venceu na terça, também fechou em nível recorde, US$ 111,31. A força da commodity tem atraído fundos de investimento, que vêem no petróleo proteção contra a inflação crescente e o dólar em queda.   A notícia de que o México fechou três portos de exportação de petróleo na região do Golfo do México no domingo e na segunda-feira serviu na terça como catalisador para a alta. O México é o terceiro maior exportador de petróleo para os EUA, para onde envia cerca de 1,2 milhão de barris diários. De acordo com o Ministério dos Transportes mexicano, dois dos três portos foram reabertos na terça.   Na campo da oferta, circularam especulações de que a Opep reduzirá suas exportações de petróleo a partir deste mês, uma medida que a Arábia Saudita já teria adotado. A Opep, grupo de 13 membros que responde por 40% do petróleo global, está ciente do potencial de um declínio nos preços por causa da pressão sobre a demanda causada pela desaceleração econômica global. "A oferta de fora da Opep também é pouco animadora", disse Ryoma Furumi, da corretora Newedge Japan, que citou notícias recentes sobre o fraco crescimento na produção da Rússia.   Separadamente, a Alemanha e cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU se reuniram nesta quarta-feira em Xangai para discutir um pacote político, de segurança e incentivo econômico para que o Irã abandone seu polêmico programa nuclear. O Irã, importante fornecedor de petróleo do Oriente Médio, até agora se negou a aceitar estas gestões, alimentando as chances de um impasse. As informações são da agência Dow Jones.

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