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Petróleo bate novo recorde e chega a US$ 109 em Nova York

Movimento de alta acompanha a queda do dólar; na última segunda, preço fechou acima de US$ 107

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em firme direção de alta na manhã desta terça-feira, 11, nas transações eletrônicas em Londres e Nova York, renovando sucessivamente níveis recordes de preço. Até as 8 horas, o petróleo tipo Brent registrava máxima histórica de US$ 105,40 o barril, em Londres. O petróleo leve (tipo WTI), negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), atingiu US$ 109,20 o barril, também recorde histórico.    Veja também:   Inflação da China excede previsões e sobe a 8,7% em fevereiro Bolsas asiáticas fecham em alta apesar de indicadores negativos Crise externa faz Bovespa cair 3%, e dólar passa de R$ 1,70 ESPECIAL: Preço do petróleo em alta Evolução do preço do dólar  Entenda a crise nos Estados Unidos   Veja os efeitos da desvalorização do dólar   A fraqueza do dólar ante demais moedas fortes continua a incentivar os investidores a fazer hedge (proteção) ante as perspectivas de inflação nos EUA e a isolar-se da queda da moeda norte-americana, dizem analistas. Segundo eles, o movimento do petróleo não está relacionado a fundamentos do mercado. As informações são da Dow Jones.   Na última terça, o preço do barril do petróleo encerrou o dia em US$ 107,90, mas chegou a subir até US$ 108,18. O movimento de alta acompanhou a queda do dólar no mercado internacional. O fato é que o preço das commodities é cotado em dólares. Quando a moeda norte-americana perde valor, o preço dos produtos sobem para manter a equivalência de valor. Rumores de insolvência no Banco Bear Stearns ajudaram a piorar o humor dos investidores.   Com o aumento da aversão ao risco, provocado pelas incertezas sobre o desaquecimento econômico nos EUA, o dólar vem caindo frente a outras moedas. Hoje, o Banco Central Europeu deixou claro que não "bancará" a desvalorização do real. O problema é que, com a perda de valor da moeda norte-americana, os produtos europeus ficam mais caros e, com isso, perdem competitividade no mercado internacional. A piora das condições no mercado externo derrubaram as bolsas no mundo todo.   Bovespa   Também na última terça, o dólar reagiu com mais força à crise internacional nesta segunda-feira, 10, fechando acima de R$ 1,70 pela primeira vez em duas semanas. A moeda subiu 1,37%, para R$ 1,707. Em março, o dólar agora acumula valorização de 0,89%. Também em reação ao pessimismo no mercado externo, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou abaixo dos 60 mil pontos, em queda de 3,02% - trata-se da menor pontuação desde o dia 8 de fevereiro de 2007, quando terminou em 59.076,0 pontos.   O gatilho para a piora foi o aperto nas condições de crédito interbancário, que aumentou a preocupação sobre a saúde das instituições financeiras e forçou o Federal Reserve, banco central americano, a injetar capital adicional no mercado na última sexta-feira. O agravamento da tensão coincidiu com a divulgação, nos últimos dias, de dados muito piores do que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos.   Texto ampliado às 9h15

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