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Petróleo bate recorde após Opep negar aumento de produção

Barril da commodity para entrega em junho atinge US$ 127,05 no mercado de Nova York

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo fecharam em recorde de alta, depois que a Opep sinalizou que não deve aumentar sua produção neste verão (do hemisfério Norte). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para entrega em junho subiu US$ 0,76, ou 0,60%, para US$ 127,05 o barril. O Brent para julho subiu US$ 0,07 a US$ 125,06 o barril para julho no mercado eletrônico ICE.   Veja também: Preço do petróleo em alta    O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, disse nesta segunda-feira que o cartel não tomará nenhuma decisão sobre níveis de produção de petróleo antes do encontro marcado para setembro, em Viena. Os EUA têm pedido que a Opep eleve a produção para conter os elevados preços dos combustíveis. "Não haverá mudança na produção da Opep antes do encontro de setembro", declarou Khelil, que também é ministro de Energia da Argélia.   Na sexta-feira, o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, afirmou que, para atender pedidos de clientes, o país elevou a produção em 300 mil barris/dia em 10 de maio, mas os mercados de energia ignoraram a decisão e os líderes ocidentais continuam pedindo o aumento das exportações do grupo.   O volume de negócios com os contratos de julho superou o de contratos de junho, que vence no fim do pregão de amanhã. Mas foram os contratos mais futuros que apresentaram os maiores ganhos de preço. Em alguns contratos que vão de dezembro de 2008 a dezembro de 2016 o preço subiu US$ 1 ou mais o barril com pequeno volume negociado.   Quando os contratos mais distantes sobem mais do que o primeiro vencimento futuro isto em geral sinaliza que os traders não estão preocupados com a oferta de curto prazo e que o preço do petróleo pode cair. Desta vez, no entanto, este não parece ser o caso, disseram participantes do mercado. "Os corretores acreditam que os preços altos estão aqui para ficar por um tempo", disse Tom Bentz. Os mercados de energia mudaram recentemente seu foco, do desempenho do dólar para dar mais peso à relação entre oferta e demanda mundial de petróleo. O preço do petróleo subiu nas duas últimas semanas porque a demanda por diesel na Europa e na Ásia pressionou a demanda global. Isso fez o preço do óleo de calefação na Nymex disparar. Nesta segunda-feira, o óleo de calefação cedeu e pressionou o petróleo por boa parte do pregão. O galão caiu US$ 0,0277, ou 0,8%, para US$ 3,6751 a galão.   "Neste ponto, a força de muitas commodities está relacionada ao fluxo dos investidores e à busca dos melhores desempenhos", disse John Hardy, analista do Saxo Bank em Londres. Mais e mais corretores estão convencidos de que o problema na economia dos EUA não vai causar uma desaceleração na demanda global por petróleo, acrescentou. A gasolina Rbob (reformulated gasoline blendstock) para junho subiu US$ 0,0131, ou 0,4%, para US$ 3,2366 o galão.

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