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Petróleo bate recorde e AIE pede investimentos para conter alta

Barril supera os US$ 117; para agência, setor precisa investir US$ 5,4 trilhões nos próximos 22 anos

Por Efe
Atualização:

O barril do petróleo bateu um novo recorde nesta segunda-feira, 21, e superou os US$ 117 no mercado de Nova York. Após o valor da commodity bater recordes seguidos, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou nesta segunda que os preços atuais são "altos demais para todos, especialmente para os países em desenvolvimento", e pediu maiores investimentos no setor. Segundo o diretor-executivo da AIE, Nobuo Tanaka, para responder às necessidades das nações, apenas o setor petrolífero precisaria de um investimento de US$ 5,4 trilhões nos próximos 22 anos. A declaração foi feita pelo diretor, em Roma, diante de mais de 60 ministros que participam do 11º Fórum Internacional da Energia (IEF, sigla em inglês). Tanaka se referiu ao preço recorde do barril e atribuiu isto a uma série de fatores, como "obviamente o aumento da demanda" além da especulação financeira, das questões climáticas e da escassez parcial de estoques. "Não se pode identificar um único elemento", disse Tanaka após afirmar que, apesar da crise econômica nos EUA, os altos preços do petróleo estão desacelerando a demanda petrolífera nas nações industrializadas e "China, Índia e Oriente Médio continuam crescendo". Por isto, Tanaka afirmou que, "se os países produtores mantiverem o nível atual" de sua oferta de petróleo, será visto "um aumento das reservas armazenadas e isto levará a um melhor equilíbrio das bases do mercado" que, segundo ele, salvo imprevistos, deveria moderar os preços. A longo prazo, Tanaka advertiu que a crescente demanda coloca sérios desafios diante dos quais ele pede grandes investimentos no setor. Para Tanaka, os países produtores devem aumentar sua capacidade de extração, pois "mesmo que os consumidores sejam muito propícios a diminuir (sua dependência do petróleo)" a quantidade de petróleo e combustíveis fósseis continuará grande. Segundo ele, os consumidores terão que melhorar a eficiência energética e desenvolver alta tecnologia para capturar carbono e criar outras medidas ambientais, assim como fontes alternativas. Segundo os cálculos da AIE, o petróleo, o gás natural e o carvão seguirão sendo as maiores fontes de energia, representando uma parcela de 84% no ano de 2030. "Temos que reduzir ao máximo possível a incerteza do mercado e aumentar sua transparência", declarou Tanaka.

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