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Petróleo bate recorde e derruba bolsas européias

Analistas observam que essa nova pressão sobre os preços está sendo provocada principalmente pela tensão no Oriente Médio

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados acionários europeus operam nesta quinta-feira em queda. Os investidores estão nervosos diante do aumento da tensão no Oriente Médio e ataques de rebeldes contra oleodutos na Nigéria, que fizeram com que os preços do petróleo quebrassem novos recordes altistas. As principais bolsas européias operam acumulando perdas que oscilam em torno de 1% e o índice Nikkei, de Tóquio, fechou com baixa de 0,99%. O preço para agosto do barril de petróleo WTI, negociado em Nova York, chegou a subir mais de 1%, atingindo a marca de US$ 75,89, tendo recuado logo em seguida, mas se mantendo acima dos US$ 75,50. Em Londres, o barril Brent saltou 1,4%, atingindo o preço de US$ 75,45, e também sofreu um ligeiro recuo. Os preços da commodity já vinham sofrendo renovada pressão desde quarta-feira após o Departamento de Energia nos Estados Unidos ter informado que os estoques de gasolina haviam caído mais do que o previsto na semana passada. Analistas observam que essa nova pressão sobre os preços do petróleo está sendo provocada principalmente pela escalada da tensão no Oriente Médio, onde Israel realizou ataques aéreos contra o aeroporto do Líbano. Além disso, é crescente o temor de interrupção na produção petrolífera da Nigéria. Dois oleodutos da Nigerian Agip Oil foram atacados por militantes rebeldes, o que causou a interrupção parcial na produção. Segundo a imprensa local, até 120 mil barris diários estariam sendo deixados de ser produzidos pela empresa. O jornal Financial Times observa que o aumento da tensão no Oriente Médio acontece justamente num momento de incerteza em torno do programa nuclear iraniano e do programa de desenvolvimento de mísseis na Coréia do Norte. O mercado acionário israelense foi afetado, com seu principal índice, o TA-100, registrando perda de 4,1%. A moeda israelense também chegou a se desvalorizar 1,7% diante do dólar norte-americano.

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