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Petróleo brasileiro deve atrair US$ 50 bilhões até 2005

A previsão consta de um estudo recém-concluído pelo governo britânico e apresentado nesta sexta-feira para cerca de cinquenta investidores durante seminário sobre oportunidades de negócio no setor energético brasileiro realizado na capital britânica

Por Agencia Estado
Atualização:

O setor petrolífero no Brasil deve atrair investimentos de cerca de US$ 50 bilhões até 2005. A previsão consta de um estudo recém-concluído pelo governo britânico e apresentado nesta sexta-feira para cerca de cinquenta investidores durante seminário sobre oportunidades de negócio no setor energético brasileiro realizado na capital britânica. O autor da pesquisa, Ken McLellan, analista do Trade Partners UK, organismo de promoção do comércio externo do governo britânico, mencionou uma série de oportunidades em diversas áreas para os empresários interessados em investir na industria petrolífera brasileira. Segundo ele, o país em breve necessitará de um quarto pólo petroquímico. Além disso, há um ambicioso programa de modernização das refinarias do país até 2009, que traz uma série de oportunidades. "Há um grande potencial para novas refinarias", afirmou. "Além disso, a rede de distribuição de gás requer uma significativa expansão." McLellan listou também os fatores que considera adversos. "Não houve descobertas importantes de reservas petrolíferas nos últimos três anos", disse. Segundo ele, há uma inclinação no país para "o otimismo exagerado em relação à previsão de conclusão de projetos". Além disso, o sistema tributário e legal "é complexo demais". McLellan ressaltou ainda que a performance ambiental da Petrobras melhorou, mas "ainda precisa ser aprimorada". O analista disse, no entanto, que o principal fator de preocupação entre as empresas estrangeiras que operam no país "é a concessão das licenças do Ibama". Segundo ele, o órgão ambiental possui uma sobrecarga de trabalho que resulta muitas vezes no atraso da liberação das concessões para as atividades petrolíferas. Como exemplo, citou o caso de uma empresa estrangeira que teve um prejuízo de US$ 10 milhões por ter que manter as suas embarcações ociosas por causa da demora do processo legal com o Ibama. "Mas o meu conselho para as empresas é que elas procurem trabalhar junto com o Ibama, facilitando a troca de informações e agilizando, assim, o processo."

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