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Petróleo chega a US$ 70 e Bush cogita recorrer às reservas estratégias

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço do petróleo abriu em forte alta nesta segunda-feira e bateu novo recorde, chegando pela primeiro vez ao patamar de US$ 70 hoje cedo. Ao longo da manhã, contudo, a alta perdeu um pouco de fôlego e o barril era cotado a US$ 69,14, por volta das 11h. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está cogitando a possibilidade de recorrer à Reserva Estratégica de Petróleo do país para atenuar os efeitos do furacão Katrina no setor, disseram nesta segunda-feira fontes oficiais. Levando em consideração que o furacão provocou um novo aumento nos preços do petróleo, as fontes disseram que o presidente está estudando a forma de reduzir o problema e que, ao longo do dia, tomará uma decisão a respeito. Segundo disse aos jornalistas o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, o presidente dos Estados Unidos, que hoje foi ao Arizona, está sendo informado regularmente da evolução do furacão. Mercado brasileiro O mercado brasileiro mantém a cautela nesta manhã, mas até agora está conseguindo evitar um nervosismo maior diante da disparada do petróleo. A desaceleração da alta do petróleo ajudou o mercado a abrir um pouco melhor no Brasil, com alta da bolsa e queda do dólar e dos juros futuros. A cautela, contudo, continua na ordem do dia. No final da manhã, às 12h50, o Ibovespa - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) - estava em leve alta de 0,44%. A Bolsa segue com baixo volume de negócios. Cenário interno Quanto ao cenário interno, o mercado divide o foco nesta semana entre a crise política, que parece ter perdido força com o noticiário do último fim de semana, mas continua sem desfecho, e os indicadores de atividade, que podem ser determinantes para a próxima decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom). No caso dos indicadores, o principal destaque da semana é o resultado do PIB do segundo trimestre. Um crescimento mais forte, especialmente se não for acompanhado por números positivos de investimento, poderia abalar a convicção que se formou após a ata do Copom de que a retomada do corte da Selic está próxima. A crise política não teve nenhum fato novo especialmente grave neste fim de semana. Contudo, os investidores sabem que, malgrado a tentativa de setores do Congresso em delimitar as punições, a oposição vai continuar se empenhando para levar a novas revelações que possam manter o governo e o PT sob pressão. E um dos instrumentos para isso deve continuar sendo os depoimentos de personagens da crise. Para esta semana, já estão confirmadas as falas de Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro Palocci, e José Francisco Daniel, irmão do prefeito de Santo André assassinado em 2002, Celso Daniel. A maior expectativa do mercado, porém, é para os depoimentos de Toninho da Barcelona e Daniel Dantas.

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