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Petróleo deve se manter em alta até final do ano, prevê Gabrielli

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse hoje que não vê perspectiva de o preço do petróleo cair a curto prazo, ou seja, até o final do ano. Contudo, ele ressaltou que não acredita que os preços continuarão avançando com o fôlego que estavam subindo recentemente. Gabrielli, em entrevista à imprensa na Bolsa de Valores de Nova York, citou a forte demanda mundial como um dos principais motivos que o fazem acreditar que a pressão de alta nos preços do petróleo no mercado internacional deverá prosseguir até o final do ano. Segundo ele, há um aquecimento da demanda, especialmente de petróleo leve devido, entre outros fatores, à limitação na capacidade de conversão das refinarias norte-americanas, européias e japonesas. "Por outro lado, no curtíssimo prazo, não há perspectiva de grande crescimento da oferta pela Opep e nem dos países fora da Opep, como a Rússia", acrescentou. "Portanto, a demanda vai ser forte e a oferta não deverá crescer. Assim, no curto prazo, espera-se altos preços de petróleo", afirmou Gabrielli. Ele não quis informar qual a faixa de preços que o petróleo deverá oscilar no curto prazo, mas lembrou que a Petrobras trabalha atualmente com um preço médio do barril de petróleo Brent de US$ 52,50 neste ano, e um preço de realização de US$ 55 o barril. Aspecto financeiro Gabrielli lembrou que, na equação dos preços do petróleo, além dos fatores de oferta e demanda física do produto, é preciso levar em conta o aspecto financeiro. "Como há uma grande liquidez no mundo, devido às baixas taxas de juros, o mercado futuro de petróleo acabou atraindo um volume muito grande dos investidores globais. Então, os preços do petróleo, além de estarem muito altos, há muita volatilidade nas cotações. Isso deverá prosseguir até o final deste ano", explicou Gabrielli. Mas ele ressaltou, ao comentar a preocupação dos analistas internacionais com a chegada do Inverno no Hemisfério Norte e o aumento da demanda por óleo de aquecimento, que de fato "temos uma rampa apontada para cima". "Há claramente uma trajetória ascendente do preço do petróleo, mas com grandes flutuações."

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