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Petróleo em NY fecha no menor nível desde 5 de maio

Barril fecha o dia cotado a US$ 119,97; queda é puxada por preocupações com demanda menor por gasolina

Por Suzi Katzumata e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo caíram pelo segundo dia consecutivo e fecharam abaixo de US$ 120,00 por barril em Nova York, menor nível de fechamento desde 5 de maio, quando o contrato para primeiro mês de vencimento fechou a US$ 119,97 por barril. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo para setembro fecharam a US$ 119,17 por barril, queda de US$ 2,24 (1,84%). Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 118,00 e a máxima de US$ 121,23. Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para setembro fecharam a US$ 117,70 por barril, queda de US$ 2,98 (2,47%). A mínima foi de US$ 116,91 e a máxima de US$ 120,05. O continuado declínio acentuado dos futuros de petróleo reflete as persistentes preocupações relacionadas à demanda por gasolina nos EUA. O consumo tem sido mais baixo na maior parte do ano até agora em comparação com 2007. O mercado começou a prestar atenção à fraca demanda apenas após o início da temporada de férias de verão nos EUA, que não impediu o continuado declínio na demanda na comparação anual. Na semana encerrada em 1 de agosto, a demanda por gasolina nos EUA estava 3,4% abaixo dos níveis registrados há um ano, segundo o MasterCard Inc. Nesta quarta-feira, o Departamento de Energia (DoE) vai divulgar seu relatório semanal dos estoques comerciais norte-americanos. Na semana passada, um surpreendente declínio nos estoques de gasolina ajudou a empurrar os preços dos futuros de petróleo bruto em alta. Contudo, desde então, o mercado apagou aqueles ganhos, mas os participantes vêem potencial para o relatório de amanhã dar um outro impulso aos preços do petróleo. Recentemente, grande parte das operações é derivada das transações baseadas no spread, onde os investidores apostam sobre a diferença entre os contratos futuros de petróleo. Quando os contratos de primeiro mês de vencimento ganham sobre os meses seguintes, isso normalmente indica uma crença de que a oferta no curto prazo está apertada. A diferença entre os contratos de petróleo para setembro e outubro caiu para US$ 0,05 nesta terça-feira, de um spread de US$ 0,28 na segunda-feira. "Será um spread excitante para observar e jogar com os dados (dos estoques) de amanhã", disse Tony Rosado, broker da GA Global Markets. As variações nos spreads também podem indicar um movimento dos grandes especuladores, disseram outros analistas. Os bancos tendem a "rolar" suas posições no início do mês, vendendo contratos de primeiro mês de vencimento e comprando uma participação equivalente no contrato de segundo mês de vencimento. Quando os grandes especuladores davam suporte ao movimento de alta dos preços no início deste ano, essa rolagem exagerava os aumentos diários dos preços. Se aqueles bancos estão agora apostando que os preços do petróleo vão cair, vão exagerar o declínio nos contratos de meses mais afastados, disse Peter Donovan, da Vantage Trading. "Os especuladores podem ficar vendidos, assim como comprados, e parece que eles estão vendidos", disse Donovan. No final do pregão viva-voz, os futuros de petróleo receberam uma pressão de baixa adicional do anúncio do Federal Reserve, que manteve sua meta para a taxa dos Fed Funds inalterada em 2,00%. Os analistas esperam pelo menos um aperto monetário no final deste ano. Uma elevação da taxa de juro fortaleceria o dólar que, por sua vez, pode atingir negativamente o petróleo e outras commodities, usadas como hedge contra um dólar mais fraco. "Se o dólar subir muito além de onde está, isso vai colocar muita pressão sobre os preços das commodities", disse Mark Waggoner, presidente do Excel Futures.

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