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Petróleo fecha a US$ 73,18

O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, chegou a advertir hoje que o preço do barril do petróleo pode chegar a US$ 100

Por Agencia Estado
Atualização:

O barril do petróleo Brent, de referência na Europa, fechou hoje a US$ 73,18 no mercado futuro de Londres, depois de ter sido negociado a mais de US$ 74 devido a tensões geopolíticas, sobretudo o polêmico programa nuclear iraniano. O barril do Brent para entrega em junho, que pela primeira vez fechou em baixa nas duas últimas semanas, caiu US$ 0,55 em relação a ontem, quando fechou a US$ 73,73 na Bolsa Internacional do Petróleo. Hoje, o petróleo do Mar do Norte chegou a ser negociado a US$ 74,22, seu décimo recorde consecutivo. Segundo os analistas, a escalada do preço do petróleo se deve ao temor dos mercados de que a crise iraniana e a violência na Nigéria comprometam o fornecimento de petróleo. O diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato, disse hoje que os preços do petróleo "provavelmente" continuarão altos e terão mais impacto sobre a inflação que no passado, pois o aumento se deve a problemas de fornecimento e ao risco político. O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, chegou a advertir hoje que o preço do barril do petróleo pode chegar a US$ 100. Preocupações O efeito nos mercados da crise entre os EUA e o Irã, quarto maior produtor mundial, decorre do fato de este último país exportar cerca de 2,7 milhões de barris ao dia. Este volume, entretanto, é insubstituível no mercado, já que todos os países, com exceção da Arábia Saudita, produzem ao máximo de sua capacidade. À tensão em torno do Irã se soma a perda de uma produção de cerca de meio milhão de barris diários na Nigéria, maior produtor africano de petróleo e sexto entre os membros da Opep, dados os ataques de forças separatistas no delta do rio Níger. Outro fator que nesta quarta-feira influenciou a alta da commodity foi a confirmação de uma queda nas reservas de gasolina e petróleo nos Estados Unidos. Tradicionalmente, o petróleo do Mar do Norte costuma ser mais barato que o texano, mas a crise iraniana contribuiu para a inversão desta situação, já que a Europa importa petróleo do Irã e os Estados Unidos não.

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