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Petróleo fecha acima de US$ 100 e Bolsa cai 0,80%

Preço subiu por causa da explosão na refinaria da Alon USA em Big Spring (Texas)

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Depois de um pregão predominantemente em alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cedeu à realização de lucros - venda de ações para obter ganhos - e encerrou a sessão desta terça-feira no terreno negativo, também afetada pela inversão de rumo em Nova York. Lá fora, o pico do preço do petróleo, que superou US$ 100 pela primeira vez desde 3 de fevereiro, deu o mote para as ordens de vendas de papéis. A agenda recheada de dados importantes nesta quarta-feira serviu de pano de fundo para uma atuação mais conservadora, que resultou na piora dos índices.   A Bovespa encerrou o pregão em baixa de 0,80%, aos 62.296,5 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 62.180 pontos (-0,99%) e a máxima de 63.590 pontos (+1,26%). No mês, acumula ganhos de 4,72%, mas, no ano, tem perdas de 2,49%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,111 bilhões (preliminar).   Os especialistas do mercado demoraram a encontrar a justificativa que tivesse dado a partida para as ordens de venda que se sucederam no finalzinho dos pregões aqui e em Nova York - a partir de hoje e até 7 de março as bolsas lá fecham no mesmo horário que a Bovespa. E só a apontaram no final da sessão, quando foi confirmado o fechamento acima de US$ 100 do petróleo na Nymex, pela primeira vez.   O contrato para março subiu 4,72%, para US$ 100,01, por causa da explosão na refinaria da Alon USA em Big Spring (Texas) e também da ameaça, pelo grupo guerrilheiro nigeriano Movimento pela emancipação do Delta do Niger (Mend), de retomar os ataques a instalações de petróleo, caso o governo da Nigéria não dê explicações para os informes de que seu líder Henry Okah teria sido assassinado enquanto estava sob custódia em um hospital militar.   Com a pressão do petróleo, o Dow Jones acabou encerrando a sessão em baixa, de 0,09%, o S&P também recuou 0,09%, e o Nasdaq caiu 0,67%. Amanhã, o petróleo pode ainda ser um foco de pressão, mas o que vai mesmo pesar é a agenda de indicadores, que prevê a divulgação do CPI (inflação no varejo) e da ata da última reunião do banco central norte-americano (Fed).   Na Bovespa, o que favoreceu os ganhos ao longo do dia ainda foi o reajuste de até 71% do minério de ferro acertado com siderúrgicas asiáticas, reforçada hoje pela revisão para overweight (acima da média da carteira) da recomendação feita pelo Morgan Stanley aos papéis da mineradora.   A Europa não pegou o estresse final da sessão em Wall Street e acabou fechando em elevação, puxada pelas mineradoras, que ainda refletiram a alta dos metais e a puxada nos preços do cobre e platina.

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