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Petróleo fecha em alta com Israel e Irã e ataque na Nigéria

Contrato de agosto fechou em US$ 135,36, pressionado pelo aumento da tensão geopolítica entre os países

Por Patrícia Fortunato e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 20, pressionados por interrupção de fornecimento na Nigéria e por potencial aumento da tensão geopolítica entre Israel e Irã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para julho, que expirou nesta sexta, encerrou com alta de US$ 2,69 (+2,04%), em US$ 134,62 por barril. O contrato mais negociado agora, o de agosto, avançou US$ 2,76, para US$ 135,36. Em Londres, o barril do tipo Brent para agosto subiu US$ 2,86, para US$ 134,86. De acordo com o The New York Times, Israel promoveu neste mês exercício militar que oficiais norte-americanos classificaram de "ensaio" para um potencial ataque às controversas unidades nucleares iranianas. Embora as manobras militares não sugiram que um conflito seja iminente, investidores observam atentamente a situação no Irã, segundo maior exportador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Problemas potenciais como o Irã ou a temporada de furacões e outras incertezas estão dando sustentação aos preços", disse Walter Zimmermann, analista da corretora ICAP/United Energy. O outro ponto de sustentação de preços veio da Nigéria. A petrolífera Royal Dutch Shell declarou força maior sobre as exportações de 225 mil barris diários oriundos do campo Bonga, no país africano. O campo foi atacado por militantes rebeldes e deve ficar inoperante por várias semanas. Ainda na Nigéria, as negociações entre a Chevron e funcionários e operários administrativos não tiveram sucesso pela segunda vez. O sindicato reclama de condições de segurança e ameaça greve. E a Arábia Saudita, que domingo será palco de encontro entre grandes produtores e consumidores de petróleo, confirmou hoje que elevará a produção em 200 mil barris diários. Maior exportadora de petróleo do mundo, a Arábia Saudita passará a produzir 9,65 milhões de barris diários nas próximas semanas, maior nível de produção desde 1981 de acordo com a Administração de Informação de Energia (AIE), órgão do Departamento de Energia dos EUA.

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