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Petróleo pode chegar a US$ 170 nos próximos meses, diz Opep

Para presidente da Organização, barril não vai atingir os US$ 200 e preços devem diminuir no final do ano

Por Nathália Ferreira e da Agência Estado
Atualização:

O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, disse que não espera que o petróleo alcance US$ 200 por barril, mas prevê que o preço ficará entre US$ 150 e US$ 170 por barril nos próximos meses, segundo transcrição de entrevista a ser transmitida nesta sexta-feira, 27, na rede de televisão France 24. "Eu calculo preços provavelmente de US$ 150 a US$ 170 durante este verão (no Hemisfério Norte). Isso talvez irá diminuir um pouco para o final do ano", disse ele na entrevista, segundo o canal de televisão. A transcrição foi enviada à agência Dow Jones. Ao ser questionado sobre se ele vê o petróleo atingindo US$ 200 o barril, Khelil afirmou: "Eu não acredito. Eu acredito que a desvalorização do dólar em relação ao euro, se tudo acontecer como eu imagino, será talvez de cerca de 1% ou 2%, e isso provavelmente irá gerar um aumento de US$ 8 no preço do petróleo." Nesta quinta, os contratos futuros de petróleo operam em alta expressiva, em reação ao comportamento do dólar, que se desvaloriza ante o euro e o iene. Os comentários do presidente da Opep e a ameaça da Líbia de cortar a produção também reforçam a pressão de alta da commodity. Às 10h49 (de Brasília), o petróleo WTI saltava 2,52%, a US$ 137,94 o barril. Na plataforma ICE, o petróleo Brent avançava 2,39%, a US$ 137,54 por barril. No mesmo horário, o euro subia 0,25%, a US$ 1,5717. Analistas lembram que, como os contratos são negociados em dólares, o enfraquecimento da moeda norte-americana influencia os preços. A principal autoridade de petróleo da Líbia, Shokri Ghanem, disse em entrevista à Bloomberg que o país poderá cortar a produção de petróleo pelo fato de o mercado estar abastecido em excesso. Na semana passada, ele havia dito à Dow Jones que via "a possibilidade de um declínio da produção". A Líbia produzia cerca de 1,7 milhão de barris por dia em maio, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

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