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Petróleo retoma caminhada rumo aos US$100 por barril

Por SANTOSH MENON
Atualização:

O petróleo eliminou a queda do começo desta quinta-feira para retomar a marcha rumo aos 100 dólares por barril. A alta ganhou força à medida que a preocupação com uma escassez no inverno e a contínua queda do dólar interromperam uma realização de lucros. Às 10h55 (horário de Brasília), o petróleo nos Estados Unidos para entrega em dezembro subia 0,52 dólar, para 96,89 dólares por barril. Em Londres, o Brent tinha alta de 0,89 por cento, para 94,13 dólares. O petróleo caiu mais de 1 dólar no começo do dia com a possibilidade de uma demanda fraca por petróleo nos Estados Unidos e uma queda nos mercados acionários. Com isso, o mercado devolveu parte dos ganhos acumulados quando o barril da commodity atingiu 98,62 dólares. "(É um exemplo de) dar um passo atrás para dar um salto maior para a frente... As razões pelas quais estamos aqui não mudaram de fato", disse Harry Tchlinguirian, analista do BNP Paribas. Os preços do petróleo subiram quase 40 por cento nos últimos três meses depois que a queda do dólar, a forte demanda global por petróleo e o menor fornecimento da commodity atraíram um enorme investimento especulativo. Mas as operações ficaram mais voláteis à medida que a cotação se aproxima de 100 dólares. "Mais e mais dinheiro de investidores foi para as commodities em meio à queda do dólar", disseram analistas do JPMorgan em nota. "Esse fluxo reforçou a correlação negativa entre petróleo e dólar, e a operação nos dois mercados juntos está em voga novamente." O dólar mais uma vez se aproximava dos menores níveis ante o euro nesta quinta-feira. As ações globais atingiram o menor nível em duas semanas nesta quinta, depois do tombo de Wall Street na véspera, por causa de uma série de notícias negativas sobre os setores financeiro e hipotecário dos Estados Unidos. Analistas dizem que o petróleo pode superar 100 dólares por barril nos próximos dias em meio à expectativa de que os estoques nas maiores nações consumidoras cresça menos no próximo inverno. Ainda assim, dados do governo norte-americano diminuíram levemente essa preocupação na quarta-feira. No mês passado, a demanda por combustível nos Estados Unidos caiu 0,4 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a Administração de Informação de Energia nos Estados Unidos em relatório semanal. Ela também mostrou que os estoques caíram na semana passada em apenas 800 mil barriis, menos que o esperado. Os estoques de gasolina também perderam 800 mil barris, mas as reservas de óleo para aquecimento aumentaram em 600 mil barris, mostraram os dados. (Reportagem adicional de Jonathan Leff, em Cingapura, e Bernie Woodall, em Los Angeles)

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