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Petróleo sobe 1,03% em NY, mas fecha abaixo de US$ 50

Nesta sexta, chefe do JP Morgan afirmou que, se não houver corte da Opep, barril chegará aos US$ 35

Por Ana Conceição e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo para janeiro conseguiram recuperar nesta sexta-feira, 21, parte das perdas registradas na quinta, mas não o suficiente para voltar ao patamar dos US$ 50 por barril. A cotação nos mercados de Nova York subiu 1,03%, fechando em US$ 49,93.   Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise    Nesta sexta, o chefe de pesquisa de commodities do JPMorgan Chase & Co, Lawrence Eagles, alertou que os preços da commodity podem cair a US$ 35 por barril se não houver uma redução significativa na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Seria necessário, segundo ele, um corte de três milhões de barris por dia na produção do cartel para compensar a retração econômica, que no próximo ano deve fazer com que a demanda por petróleo caia pela primeira vez desde o início dos anos 1980.   Em outubro, a Opep concordou em reduzir a produção em 1,5 milhão de barris por dia, mas o grupo pode não ter sucesso em realizar novos cortes com a rapidez necessária para impedir novas quedas expressivas no preço do petróleo, disse Eagles durante uma conferência realizada por telefone.   "Não vejo como a Opep pode estabilizar os preços, a menos que concorde em cortar a produção continuamente enquanto os preços seguirem abaixo de um certo nível", disse Eagles. Contudo, ele acredita que a Opep não deverá adotar essa estratégia, conhecida por mecanismo de banda de preços.   As cotações do petróleo recuaram abaixo de US$ 50 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex) nesta semana, para o menor nível desde maio de 2005, apenas quatro meses depois de terem oscilado acima de US$ 145. Analistas vêem poucas chances de uma recuperação significativa antes do segundo semestre de 2009. Recentemente, o Deutsche Bank previu que a cotação pode chegar a US$ 40 por barril até abril do próximo ano.   No mês passado, o JPMorgan reduziu sua estimativa de preço para o barril em 2009 para US$ 69,00, de US$ 74,75. Agora, o banco prevê que a demanda mundial por petróleo cairá 527 mil barris diários em 2009, mesmo considerando uma perspectiva relativamente positiva para o crescimento na China, disse Eagles.   Os países membros da Opep se reunirão no próximo dia 29 no Cairo, Egito, e, no dia 17 de dezembro, em Oran, Argélia. Por enquanto, os exportadores estão mais comprometidos do que já foram no passado e reduziram os embarques de petróleo em cerca de 1 milhão de barris por dia, de acordo com analistas. Se a Opep não conseguir colocar um piso sob os preços, será a vez de outros produtores reduzirem a oferta. Países que não fazem parte da entidade e companhias internacionais como a Exxon Mobil teriam mais motivos para fechar poços de petróleo com o barril negociado em cerca de US$ 35, disse Eagles.

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