Os contratos futuros do petróleo operam sustentados por indicações de que a Opep seguirá seus esforços para manter os preços em níveis mais equilibrados. Na quinta-feira, os Emirados Árabes Unidos declararam que irão cortar suas exportações em até 15% em fevereiro - a primeira redução para este mês anunciada por um membro da Opep desde que o grupo pediu atuação dos países membros para colocar um piso no mercado. Às 11h50 (de Brasília), o contrato de fevereiro do WTI subia 1,50% para US$ 35,88 o barril; o brent avançava 1,37% para US$ 37,11 o barril. Mais cedo, o WTI chegou a operar em US$ 36,90 o barril. Entretanto, os ganhos são limitados pelos números divulgados na quarta-feira sobre os estoques norte-americanos, que mostraram aumento nas reservas de destilados superior à prevista pelos analistas e elevação nos estoques no ponto de entrega dos contratos da Nymex para patamares não vistos desde abril de 2004. Na quarta-feira, o WTI caiu mais de 9% com os números. "Continuamos a sentir que o destino do complexo é mover-se em direção à região de US$ 32,00 o barril para o petróleo com a aproximação do final do ano", observou o presidente da consultoria de petróleo Ritterbusch and Associates, Jim Ritterbusch. O anúncio de corte nos embarques dos Emirados leva investidores a apostar que outros membros da Opep irá divulgar cortes nos próximos dias. A Opep, que abastece cerca de 40% da demanda mundial, concordou em 17 de dezembro reduzir a produção em 2,2 milhões de barris ao dia, o maior corte já acertado de uma única vez. Recentemente, a estatal saudita Aramco informou a seus clientes asiáticos que irão receber entre 7% a 10% menos petróleo nos contratos de janeiro.