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Petróleo sobe e puxa dólar e juros

Instabilidade no cenário externo, com a alta expressiva do preço do petróleo, podem criar um cenário negativo para o mercado financeiro hoje. O dólar está em alta de 0,81%. Os juros passam de 17% ao ano registrados na quarta-feira para 17,325% ao ano hoje.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro no Brasil volta do feriado - dia de Nossa Senhora Aparecida - sentindo os reflexos de um dia de instabilidades no cenário internacional ontem. Os conflitos entre Israel e Palestina tomaram proporções maiores - palestinos lincharam soldados israelenses e um navio americano foi atacado, supostamente por terroristas islâmicos, no Iêmen. No contra ataque, Israel investiu com helicópteros sobre territórios palestinos (veja mais informações no link abaixo). Hoje o dia não começou melhor no Oriente Médio. Uma bomba explodiu na embaixada britânica no Iêmen e existem suspeitas de que tenha sido um atentado. Porém, a causa do incidente ainda está sendo investigada. Com todos esses fatos, o preço do petróleo subiu muito ontem - o preço do barril superou o patamar de US$ 36. Hoje, no início da manhã, os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em novembro recuaram um pouco baixa de 0,28% em Londres, a US$ 34,31por barril. As bolsas de Nova York operaram novamente em queda ontem em função do baixo desempenho das empresas norte-americanas. Nessa quinta-feira, de acordo com apuração da editora Cynthia Decloedt, a Union Carbide e a Home Depot alertaram para a perspectiva de queda em seus resultados do terceiro trimestre. A Nasdaq - bolsa dos EUA que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet - recuou 2,96% e o índice Dow Jones - que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - caiu 3,64%. Mercado financeiro no Brasil A forte instabilidade no cenário externo intensifica-se a poucos dias da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deverá reavaliar a taxa básica de juros - Selic. A expectativa dos analistas é de que a taxa fique estável no patamar de 16,5% ao ano. Na última reunião do Comitê, realizada em meados de setembro, a alta do preço do petróleo já era motivo para cautela e, com o agravamento da questão, é praticamente indiscutível a manutenção da Selic. O mercado de juros já absorve esse cenário mais pessimista. Há pouco, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagavam juros de 17,325% ao ano, frente a 17,000% ao ano registrados na quarta-feira. No mercado de câmbio, a escassez de negócios, em função do dia espremido entre o feriado e o final de semana, e a instabilidade do cenário externo podem pressionar as cotações da moeda norte-americana. No início da manhã, ela era vendida a R$ 1,8770 na ponta de venda das operações - alta de 0,81% em relação aos negócios de quarta-feira.

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