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Petróleo volta a subir e Grazpom prevê barril a US$ 250

Presidente da companhia russa prevê preço nesse patamar em breve e diz que custo do gás será afetado

Por Agência Estado
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O barril de petróleo registrava alta de pouco menos de 1% no mercado de Nova York, após bater mais um recorde, de US$ 145. A alta ocorre após o anúncio dos Estados Unidos sobre a redução de suas reservas e em meio a receios de que a elevação nos juros europeus - para 4,25% ao ano - desvalorize ainda mais o dólar, o que teria impacto nos preços de commodities. Às 15h15, o preço subia 0,82%, para US$ 144,75.   Veja também: Fornecimento de material é desafio no pré-sal, diz Gabrielli   A companhia de energia russa Gazprom divulgou nesta quinta-feira, 3, que o preço do petróleo deve chegar "em breve" a US$ 250 por barril, o que vai gerar aumento do preço do gás para consumidores europeus. A declaração foi feita pelo presidente-executivo da empresa, Alexey Miller, que está junto com o presidente russo, Dmitry Medvedev, em visita ao Azerbaijão.   A Rússia é o segundo maior produtor e exportador do mundo de petróleo, depois da Arábia Saudita. A Gazprom é um monopólio estatal de gás que também controla a Gazprom Neft, companhia de petróleo, e tem planos para expandir seus negócios com petróleo.   Miller alertou que os preços do gás para a Europa vão subir dos atuais US$ 400 por cada 1 mil m³ para US$ 500 por cada 1 mil m³ até o fim deste ano. Se o preço do petróleo chegar a US$ 250 por barril, o preço de exportação do gás vai aumentar ainda mais, para US$ 1 mil para cada 1 mil m³, segundo o executivo.   Especulação   O ministro de Petróleo e Recursos Minerais da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, assegurou nesta quinta, que atualmente o mercado não tem problemas de oferta de petróleo e que os elevados preços se devem a outras razões, principalmente à especulação.   Em declarações à imprensa durante o 19º Congresso Mundial do Petróleo, Naimi assinalou que a primeira causa da alta nos preços da commodity é a entrada no mercado de grandes investidores. Também citou as tensões geopolíticas em algumas regiões, as catástrofes naturais e o pessimismo no mercado sobre a capacidade dos produtores de suprir a demanda.   Naimi sustentou que, apesar do crescente consumo das economias emergentes, a oferta é capaz de cobrir a demanda mundial.   O ministro da Arábia Saudita, país que possui as maiores reservas de petróleo do mundo (260 bilhões de barris), confirmou que este mês sua produção aumentará para 9,7 milhões de barris diários, a maior de sua história.   (com Efe)

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