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Petrolífera argentina está disposta a negociar com Bolívia

Um porta-voz da companhia disse, porém, que ainda é cedo para analisar as consequências da nacionalização dos recursos naturais do país

Por Agencia Estado
Atualização:

A companhia petrolífera hispano-argentina Repsol YPF confirmou nesta terça-feira sua disposição de negociar seus contratos de exploração de petróleo e gás com o governo boliviano. Um porta-voz da companhia disse à EFE que ainda é cedo para analisar as conseqüências da nacionalização dos recursos naturais da Bolívia, anunciada nesta segunda-feira pelo presidente do país, Evo Morales, embora tenha acrescentado que a "Repsol YPF sempre estará disposta a negociar uma saída para a situação atual". O porta-voz lembrou que as operações na Bolívia contribuíram com 2,5% do lucro e com menos de 1% do resultado operacional obtido pela empresa em 2005. A companhia também anunciou que divulgará um comunicado oficial nas próximas horas, com maiores explicações sobre a postura da empresa e sua estratégia no futuro. Injustiça O presidente da Repsol-YPF, o espanhol Antonio Brufau, expressou nesta terça-feira sua "consternação" devido à "preocupante e triste" decisão do governo boliviano de nacionalizar os poços de hidrocarbonetos do país. "As declarações de ontem (segunda-feira) foram muito duras, muito injustas com o setor de hidrocarbonetos e com as companhias internacionais que têm trabalhado e estão trabalhando com muita vontade na Bolívia", lamentou o executivo. Em um primeiro momento, a Repsol YPF se mostrou disposta a renegociar seus contratos no prazo de 180 dias - fixado pelo governo de La Paz - para não ter de deixar o país, onde também operam, além da Petrobras, a britânica British Petroleum e a francesa Total. Ações Na Bolsa de Madri, a Repsol YPF sentiu as conseqüências da nacionalização, e as ações da empresa fecharam com baixa de 0,63% no pregão da capital espanhola. Segundo os analistas da consultoria Ibersecurities, as ações da Repsol já tinham sido afetadas pelo mercado, depois da revisão das reservas, iniciada em janeiro, e das últimas notícias que anunciavam a nacionalização dos recursos bolivianos.

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