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Petrolífera canadense deve sair do Brasil este ano

Ativos no País deverão ser vendidos para grupos indianos até, no máximo, janeiro de 2008

Por Kelly Lima e da Agência Estado
Atualização:

O gerente-geral da petrolífera canadense EnCana no Brasil, Júlio Moreira, disse nesta quinta-feira, 4, que a empresa deve concluir até o final deste ano, ou no máximo em janeiro de 2008, a venda dos seus ativos no País para os grupos indianos Videocon Industries e Bharat Petroleum. A venda anunciada no início de setembro, por US$ 165 milhões, está ainda dependendo da autorização da Agência Nacional do Petróleo.   "Até a conclusão do negócio, a EnCana continua sendo responsável pelas operações dos campos sob sua concessão", disse o executivo em entrevista após participar do "Encontro Regional da América Latina", promovido pela Associação Internacional de Negociadores em Petróleo (AIPN) até amanhã no Rio de Janeiro.   Atualmente, a EnCana possui dez blocos no País, todos em fase de exploração, sendo quatro na Bacia de Sergipe/Alagoas, três no Espírito Santo, dois na Bacia de Potiguar e um na Bacia de Campos. Ainda para este ano, a empresa vai perfurar um poço no bloco BMS-24, no Espírito Santo, que detém em parceria com a Petrobras.   Segundo Moreira, a decisão de deixar o País foi tomada porque a empresa optou por concentrar sua atividades na exploração de gás natural localizado em reservatórios não convencionais na América do Norte, que é sua especialidade. Hoje, a EnCana é a segunda maior produtora de gás nos Estados Unidos.   Devon   A Devon informou nesta quinta que deve vender até o final do mês de outubro sua primeira carga de petróleo produzido no Brasil. No total serão embarcados 400 mil barris de óleo, produzidos desde o início das operações da companhia em território nacional, no dia 30 de junho, no campo de Polvo, na Bacia de Campos. Segundo o presidente da empresa no País, Murilo Marroquim, a negociação será fechada com uma trading para exportação do óleo.   O campo de Devon, segundo ele, está produzindo em média 40 mil barris por dia e deve chegar a 58 mil no próximo ano, quando deverão ser acionados sete novos poços além dos três que estão hoje em produção. Foram investidos para o desenvolvimento do campo US$ 300 milhões. A Devon, informou o executivo, aguarda para o início de 2009 a chegada ao país de uma sonda encomendada para novas prospecções.

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