PUBLICIDADE

Petrolíferas querem da OMC mais garantias ao setor

Por JAMIL CHADE
Atualização:

As empresas de petróleo querem que a Organização Mundial do Comércio (OMC) estabeleça novas regras para o setor para que impeça que países modifiquem as condições de exploração dos recursos em meio a um projeto de investimentos. O apelo é do Conselho Mundial de Energia, entidade que reúne as maiores empresas do setor e que defende que as regras sejam válidas também para a liberalização dos serviços no setor do etanol. Na OMC, as negociações sobre a abertura do mercado de serviços ainda está em um estado inicial e um acordo pode levar anos para ser concluído. Mas o que as empresas se queixam é de que muitos governos não querem se comprometer com leis que garantam a abertura de seus mercados para empresas estrangeiras. O governo da Bolívia, por exemplo, havia apresentado uma oferta de abertura de seu mercado de serviços energéticos, o que permitira que as companhias tivessem maiores facilidades para atuar no país. Com a chegada do presidente Evo Morales ao poder, a oferta foi retirada da agenda da OMC. De fato, a nacionalização de reservas em várias partes do mundo, seja na América Latina ou o comportamento mais firme da Rússia em relação ao abastecimento a países vizinhos, é o que está fazendo com que as empresas peçam que novas regras sejam estabelecidas. "Depois da Rodada Doha, queremos que a OMC negocie um novo capítulo sobre serviços energéticos", afirmou o secretário-geral do Conselho, Gerald Doucet. Segundo ele, os países vêm adotando medidas que dificultam investimentos por parte de empresas estrangeiras. Etanol Para o Conselho Mundial de Energia, que se reuniu esta semana em Roma, o etanol não deveria ficar de fora dessa liberalização. A entidade estima que o mercado nesse setor sofre com medidas protecionistas e com barreiras de importação. O Brasil já deixou claro que quer o fim dessas taxas como resultado das negociações da OMC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.