A fundação de seguridade social da Petrobrás, a Petros, nega que esteja atrasada a divulgação do resultado financeiro de 2015 e argumenta que, desde que a agência reguladora Previc alterou para 31 de julho o prazo para o envio do resultado financeiro anual, passou a "exercer esse direito" e divulgar o balanço na data estipulada pelo regulador.
Segundo apurou o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado as demonstrações contábeis do ano passado são tradicionalmente, publicadas até abril, mas, neste ano, isso não aconteceu porque a empresa de auditoria PwC tem feito uma série de exigências.
Em comunicado, a Petros diz que o trabalho de auditoria "segue o fluxo normal". O fundo de pensão da Petrobrás argumenta que "a PwC iniciou as atividades no segundo semestre de 2015 e demandou tempo para entender o universo da fundação".
A Petros informou em janeiro à Petrobrás que faltam US$ 6 bilhões em seu caixa para dar conta do compromisso firmado com os empregados da petroleira nos próximos anos. Parte do rombo decorre de maus investimentos no mercado financeiro e em participações em empresas de alto risco, como a operadora de plataformas Sete Brasil, que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada.
De olho nas possíveis irregularidades e temerosa de ter sua credibilidade questionada, segundo fontes, a auditora PwC tem sido minuciosa na análise do balanço da Petros e exigido muitos documentos para evitar questionamentos. Procurada, a PwC não comentou o assunto.