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Peugeot Citroën anuncia reestruturação e prevê 10 mil demissões

Em nota, o presidente da empresa, Jean-Martin Folz, informa que espera alcançar uma economia de 125 milhões de euros até o final de 2006 com o plano

Por Agencia Estado
Atualização:

A PSA Peugeot Citroën anunciou nesta terça-feira um plano de reestruturação que prevê a redução de custos, melhoria de produtividade, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além da busca de novos mercados. O grupo estima a redução do quadro de funcionários em 10 mil pessoas em um ano. Em nota, o presidente da empresa, Jean-Martin Folz, informa que espera alcançar uma economia de 125 milhões de euros até o final de 2006 com o plano. O executivo afirma que a empresa dará continuidade ao processo de ajuste dos empregados do setor de produção na França e na Espanha, por meio da diminuição do trabalho terceirizado e dos contratos temporários e também pela não substituição dos funcionários que deixam a empresa. A empresa confirmou ainda o fechamento progressivo da fábrica de Ryton, na Grã-Bretanha. A montadora anunciou a suspensão do projeto de construção da segunda unidade de produção de Trnava, na Eslováquia, o que trará uma redução dos investimentos de 200 milhões de euros em relação aos 350 milhões de euros inicialmente anunciados. A empresa pretende ainda elevar a sinergia entre as fábricas vizinhas que produzem veículos na mesma plataforma. Com as novas medidas de contenção de despesas, os investimentos anuais do grupo, de cerca de 3 bilhões de euros, serão reduzidos para 2,5 bilhões de euros no futuro. No que diz respeito à renovação de modelos, a empresa ressalta que tem como objetivo manter uma idade média reduzida, assim como a extensão da oferta a novos segmentos do mercado. O programa prevê novos modelos para as unidades no Mercosul e China, onde estão previstos 6 e 11 lançamentos, respectivamente, entre 2006 e 2009. A empresa informou ainda a assinatura de uma carta de intenção para estudar uma cooperação com a Proton na Malásia e a busca de capacidades de produção local na Rússia. "Essas ações farão com que o grupo esteja presente em novos mercados em crescimento com investimentos moderados", acrescenta Folz, na nota.

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