O Grupo PSA, responsável pelos carros das marcas Peugeot e Citroen, foi acusado nesta sexta-feira, 8, de vender 2 milhões de veículos com softwares capazes de mostrar emissões de poluentes menores que as de fato feitas pelos automóveis. A notícia foi publicada pelo jornal francês Le Monde, citando uma investigação do governo francês.
Em resposta à matéria do Le Monde, um porta-voz da PSA negou qualquer prática fraudulenta. Após a publicação, as ações da empresa eram negociadas com forte baixa nesta sexta-feira, com queda de 4,4% na bolsa de Paris.
A PSA é a quarta empresa a ser investigada por fraudar as emissões de poluentes pelas autoridades francesas, depois de Volkswagen, Renault e Fiat Chrysler. Segundo as autoridades, o software usado pela empresa mostram emissões menores de óxidos de nitrogênio, seguindo a regulação, mas permitem que o carro faça as emissões na atmosfera.
De acordo com o Le Monde, um documento interno da PSA obtido pela investigação francesa inclui uma discussão sobre a necessidade de fazer "o software parecer menos óbvio e visível". No entanto, a PSA insiste que não cometeu nenhuma fraude ou ato ilegal a respeito da calibragem de seus motores.