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PF combate irregularidades na exploração de ouro no AP

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Oito pessoas foram presas na manhã de hoje, durante a operação Akator, da Polícia Federal (PF), com o objetivo de combater irregularidades na exploração de recursos minerais no Amapá, principalmente em relação ao ouro. Ao todo, serão cumpridos dez mandados de prisão temporária, dois deles de servidores públicos do Departamento Nacional de Produtos Minerais (DNPM), uma servidora da Junta Comercial do Amapá (JUCAP) e de mais sete pessoas do ramo da mineração, dentre eles empresários, geólogos e pesquisadores. Outros sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal do Amapá, também serão cumpridos. De acordo com a PF, após as investigações, que começaram em junho do ano passado, depois de uma denúncia de extração clandestina no Distrito de Lourenço (AP), foram constatadas irregularidades em relatórios do DNPM. Foi constatado que algumas empresas mineradoras se instalam no Amapá, apresentando relatórios forjados, que superestimam o potencial mineral da região, inclusive quanto à presença de ouro, buscando atrair investimentos de empresas estrangeiras. Tais relatórios, segundo a PF, são aprovados irregularmente por alguns servidores do DNPM. Na semana passada, outra operação da PF, a Toque de Midas, apurava denúncias de irregularidades em um processo licitatório de concessão de uma jazida de minério e uma estrada de ferro no Estado do Amapá e envolvia irregularidades em empresas de Eike Batista, além de denunciar suspeitas de desvio de ouro lavrado e sonegação de impostos. Contudo hoje, a assessoria de imprensa da PF não confirma se há relação entre as duas operações.

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