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PF e MPF do Rio fazem operação contra fraude na cobrança de impostos na Receita Federal

Entre os alvos estão empresas de cigarro e bebidas e duas grandes redes de supermercados; investigação aponta participação de servidores federais, contadores e empresários no esquema

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - Uma operação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) busca cumprir 46 mandados de busca e apreensão em empresas e residências de suspeitos de integrar um esquema criminoso de arrecadação de propina em fiscalizações da Receita Federal no Estado do Rio

Receita Federal Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A operação Armadeira 2 é desdobramento de outra, deflagrada em outubro de 2019, quando Marco Aurelio Canal, que era supervisor de Programação da Receita da Lava Jato no Rio, foi preso. Ele é apontado como chefe da quadrilha.

A segunda fase dessa operação foi possível graças à colaboração premiada firmada com um dos auditores fiscais investigados na primeira etapa. Ele revelou detalhes do funcionamento do esquema de arrecadação de propina na Superintendência da Receita Federal na 7.ª Região Fiscal, nas suas mais diversas ramificações, inclusive com a participação de servidores federais que ocupam postos estratégicos na Receita, bem como de contadores e empresários.

Entre os alvos da ação desta quarta-feira, 18, estão empresas de cigarros e bebidas e duas grandes redes de supermercados. Segundo os investigadores, elas se beneficiaram do esquema por serem objeto de fiscalização da Receita Federal pela suspeita de compra de notas frias, que visavam reduzir o pagamentos de impostos.

Além dos mandados de busca e apreensão, a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de bens dos investigados atingem R$ 519.851.578,24. E, em relação aos auditores fiscais na ativa, determinou o imediato afastamento do cargo.

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