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PF não sabe quando contêiner da Petrobras foi violado

Por Marcelo Auler
Atualização:

A Polícia Federal continua sem saber em que trecho do trajeto entre a Bacia de Santos e a cidade de Macaé, no norte do Estado do Rio, o contêiner com computadores com informações relevantes da Petrobras foi violado. A empresa Transmagno, responsável pelo transporte entre o Porto do Rio e a sede da empresa americana Halliburton em Macaé afirmou hoje, através de nota oficial, que a carga foi pega e entregue com todos os lacres de segurança. A polícia, entretanto, sabe que a vistoria feita pelo motorista da carreta, assim como pelo terminal de contêineres Poliportos, no Rio, foi visual. Ninguém manuseou o lacre que, ao ser descoberto fraudado, estava no devido local, completamente enrolado, parecendo normal. A violação do lacre só foi descoberta depois que funcionários da Halliburton tentaram abrir o cadeado e perceberam que havia sido trocado. Hoje, a delegada Carla Dolinski ouviu cinco pessoas - dois motoristas da Transmagno, dois empregados da Halliburton e um engenheiro da Petrobras. Os próximos a serem ouvidos serão os empregados que tiveram contato direto com o contêiner e com caixas que continham os notebooks furtados. Segundo a nota da Transmagno, o contêiner foi pego no dia 29 de janeiro e entregue no dia seguinte em Macaé. Em entrevista no Rio, porém, o superintendente regional da Polícia Federal, Valdinho Jacinto Caetano, disse que a carga deixou o porto do Rio no dia 25. A assessoria da PF não retornou ao pedido de esclarecimento sobre a divergência de datas. Caetano disse que os investigadores vão refazer o trajeto e avaliar os mecanismos de controle de carga nas instalações por onde o contêiner passou.

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