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PF prende 10 em fraudes em 'porto seco' de Minas

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Dez pessoas foram presas na manhã de hoje, durante a Operação Roterdã, da Polícia Federal (PF), que tem como objetivo interromper as atividades de uma organização criminosa instalada na estação aduaneira Porto Seco Sul, em Minas Gerais. Nove pessoas foram presas em Varginha, em Minas, e uma em Valinhos, no interior de São Paulo. Outros 45 mandados de busca e apreensão também já foram cumpridos em Santa Rita do Sapucaí, Ilicínea, Belo Horizonte, cidades do Estado de Minas Gerais, além de Campinas, São Paulo e Valinhos, no Estado de São Paulo. Em Varginha, os policiais apreenderam dinheiro, com valor ainda não divulgado, documentos e computadores da empresa Nacional Logística. As investigações revelaram que entre os crimes praticados pelo grupo estão o favorecimento ilícito a diversos empresários e despachantes aduaneiros, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, contrabando e descaminho, entre outros. Investigação Os policiais conseguiram evidenciar que o Porto Seco Sul de Minas tornou-se uma das melhores opções aos empresários, pois tinham a certeza de que suas mercadoria seriam facilmente desembaraçadas mediante pagamento de propina a auditores da Receita Federal e despachantes. Em outra linha de investigação, foi possível constatar que o permissionário do Porto Seco Sul de Minas, interessado em incrementar seus negócios, também realizava pagamentos aos servidores públicos para que o esquema fraudulento fosse mantido. Há indícios de que o grupo criminoso agia desde 1997, início da permissão atual. Inclusive a investigação põe sob suspeita até mesmo a licitação que concedeu a permissão naquele ano. Porto Com acesso aos principais portos e aeroportos do Brasil, o Porto Seco Sul de Minas fica localizado a cerca de 300 quilômetros de São Paulo e é uma importante via de acesso às cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Santos e Campinas. Com isso, pode ser considerado o maior porto seco do Brasil. Por isso o nome da operação, que é uma alusão ao maior porto do mundo, o Porto de Roterdã, na Holanda. (

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