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PF prende 15 em operação contra fraude no INSS em MG

Benefícios falsos identificados já somam 400, com prejuízo de R$ 4,5 milhões

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Por Redação
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A Força Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal, Previdência Social e Ministério Público Federal, prendeu nesta terça-feira, 19, em Belo Horizonte, 15 pessoas acusadas de fraudes contra a Previdência Social. Até o momento, a Operação Freud já identificou 400 benefícios falsos, com prejuízo de R$ 4,5 milhões. A operação foi batizada com o nome do pai da psicanálise porque a quadrilha apresentava documentos falsos para conseguir a concessão de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez, alegando que seus clientes tinham doenças psiquiátricas. Entre os presos estão um perito médico do INSS, o chefe da agência da Previdência Social de Contagem, na Grande Belo Horizonte, e uma pessoa que se apresenta como bispo da Igreja Católica Brasileira, dissidência da Igreja Católica Romana. Também foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em residências, escritórios e consultórios médicos da Região Metropolitana. Outro acusado continua foragido. A direção da Previdência Social já indicou um servidor para assumir interinamente a chefia da agência de Contagem. A unidade continua funcionando, sem qualquer prejuízo para os segurados. A investigação, que vem sendo realizada há um ano, identificou vários escritórios de despachantes, que captavam "clientes" interessados em obter benefícios previdenciários. Os despachantes contavam com a ajuda de um servidor do INSS para agendar exames, sempre com o mesmo perito médico. Os exames forjados fundamentavam diagnósticos médicos falsos e a inserção indevida de dados nos computadores da Previdência Social. O esquema envolvia, também, a administração criminosa de medicamentos aos pretensos segurados, com o intuito de produzir prova material da doença mental. Além dessas 15 prisões e 25 mandados de busca e apreensão desta terça, a Força Tarefa já prendeu este ano outras 44 pessoas, sendo 12 servidores, e executou 49 mandados de busca e apreensão. Em 2006 foram realizadas 229 prisões, das quais 55 servidores, e executados 297 mandados de busca e apreensão. Além disso, 10 pessoas foram denunciadas ao Ministério Público Federal, entre elas quatro servidores.

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