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PF prende 21 por fraudes no seguro-desemprego

Duas operações foram realizadas, simultaneamente, no Tocantins, Goiás e Maranhão; prejuízo à União é estimado em mais de R$ 10 milhões

Por CELIA BRETAS TAHAN
Atualização:

 PALMAS - A Polícia Federal prendeu 21 pessoas na quinta-feira, 23, durante as operações Xeque Duplo e Duas Caras. Os detidos são suspeitos de participar de organização criminosa que fraudava o seguro-desemprego no Tocantins, Goiás e Maranhão. Os policiais cumpriram, também, dois mandados de condução coercitiva e 21, de busca e apreensão. Veículos, computadores, telefones celulares e até espelhos de formulários de seguro e uma máquina de falsificar documentos estão entre os objetos apreendidos. 

A PF acredita que os integrantes da organização presos nesta quinta-feira também contavam com a ajuda de funcionários do Sine, do ministério e da Caixa Foto: Divulgação

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A Superintendência da PF no Tocantins informou que, durante inquérito policial, ficou comprovado que os suspeitos tinham acesso ao sistema do Ministério do Trabalho, no qual inseriam requerimentos com dados de trabalhadores reais e fictícios. Para isso, também usavam empresas fantasmas. 

Além de ficarem com o dinheiro obtido com as fraudes, dois dos integrantes da organização forjavam processos de contestação de saque contra a Caixa Econômica Federal, entrando com ações por danos morais na Justiça Federal. 

O grupo agia desde 2012 e deve responder por organização criminosa, estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema.

Um dos envolvidos seria o comerciante Washington Luiz Gomes, condenado em dezembro a 21 anos de prisão por fraude no seguro-desemprego. Ele usava senhas do Serviço Nacional de Emprego (Sine) para inserir dados falsos no sistema do Ministério do Trabalho, simulando a rescisão dos trabalhadores. Gomes teria continuado a agir de dentro do presídio, onde cumpre a pena. 

A PF acredita que os integrantes da organização presos nesta quinta-feira também contavam com a ajuda de funcionários do Sine, do ministério e da Caixa. 

Nos três estados, 110 policiais participaram da operação. No Tocantins, foram detidas 11 pessoas, duas conduzidas coercitivamente e cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Em Goiás, foram cinco prisões e quatro mandados de busca e apreensão e, no Maranhão, outras cinco prisões e dois mandados de busca e apreensão.

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