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PF solta "laranjas" de frigoríficos na Operação Grandes Lagos

Os acusados que estão sendo soltos teriam dado informações importantes à PF

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal começou a soltar nesta terça-feira os primeiros acusados de participação no esquema de sonegação fiscal desenvolvido por donos de frigoríficos no interior de São Paulo e que foi desmontado na Operação Grandes Lagos, deflagrada na quinta-feira passada. Os acusados que estão sendo soltos são apontados como "laranjas" no esquema e teriam dado informações importantes à PF. "São pessoas que contaram tudo o que sabiam, colaboraram com polícia e não tiveram pedida a prorrogação de suas prisões temporárias", explicou o delegado federal Vitor Hugo Rodrigues Alves, estimando em aproximadamente 10 os acusados já colocados em liberdade, desde o começo desta terça-feira. Outros 11 acusados ainda podem ser soltos nesta terça, já que a PF solicitou a prorrogação de 89 dos 110 mandados de prisão temporária expedidos pela Vara da Justiça Federal de Jales. "89 acusados ainda continuarão presos por mais cinco dias pelo menos", informou Pedro Luiz Silveira de Castro Silva, diretor de secretaria fórum federal de Jales. O delegado Vitor Hugo, que já ouviu 60 acusados, informou que mais 20 presos devem prestar depoimento nesta terça. Disse também que 7 suspeitos de fazer parte do esquema devem ser considerados foragidos nas próximas horas. "Só estamos juntando evidências de que eles estão dificultando sua localização", declarou. O esquema de sonegação vinha sendo desenvolvido em frigoríficos da região de São José do Rio Preto, 440 quilômetros a noroeste da capital do Estado, segundo a PF, e teria causado prejuízo de R$ 1 bilhão ao fisco, resultante da movimentação de R$ 2,2 bilhões. Ainda de acordo com a acusação, a organização é composta por 159 empresas, distribuídas em cidades de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Goiás.

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