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PF vai investigar distribuidoras de gás

Por Agencia Estado
Atualização:

Além da instauração de um processo administrativo, o Ministério da Justiça colocou a Polícia Federal para investigar denúncias de formação de cartel pelas distribuidoras de gás. Segundo o ministro Paulo Tarso Ribeiro, o governo tem informações da existência de grupos em vários Estados. Mas o ministro não adiantou onde as investigações estão sendo realizadas. "Para combater esses grupos é necessário trabalhar em silêncio", afirmou Paulo Tarso. Sexta-feira, o Ministério da Justiça determinou que a Secretaria de Direito Econômico (SDE) abra processo contra os distribuidores de gás em Minas Gerais, depois da descoberta de indícios de que as empresas estavam centralizando preços. "É inadimissível que isso aconteça justamente com um produto que é essencial para a população. Não vamos dar trégua aos cartéis", disse o ministro. Esta semana, a PF começará a fazer investigações em vários Estados - principalmente em regiões de maior contigente populacional - para detectar combinação de preços. "Além disso, vamos estudar uma forma de utilizar a Polícia Federal no trabalho, além das investigações", ressaltou Paulo Tarso. Na semana passada, o ministro recebeu a garantia do presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigás), José Carlos Guimarães, de que não há formação de cartel na venda de gás de cozinha. Mas na sexta-feira, depois de analisar informações obtidas por uma interceptação telefônica feita pelo Ministério Público de Minas Gerais, a secretária de Direito Econômico, Elisa Ribeiro, anunciou que havia indícios de que oito distribuidoras estavam fazendo o alinhamento de preços. A combinação era feita por telefone e mediante troca de correspondência. "Vamos intensificar a fiscalização não só nas distribuidoras, mas também nos revendedores", anunciou Paulo Tarso. Caso seja comprovada a existência do alinhamento de preços, distribuidoras e revendedores podem ser multados em 30% de seu faturamento bruto do ano anterior.

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